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Estado de Minas

Justiça do Irã dá um mês para governo proibir aplicativos de mensagens


postado em 20/09/2014 16:55

A justiça iraniana deu um mês ao governo para proibir os aplicativos de comunicação gratuitos Viber, Tango e WhatsApp, depois de mensagens consideradas insultantes ao fundador da República Islâmica, aiatolá Ruhollah Khomeini, informou neste sábado a imprensa local.

"Depois da ordem dada pelo chefe do poder judiciário, vocês têm um mês para adotar as medidas técnicas com o objetivo de proibir e controlar as redes" Viber, Tango e WhatsApp, escreveu Gholamhossein Mohseni-Ejeie, número dois da Justiça iraniana em uma carta ao ministro das Telecomunicações, Mahmud Vaezi.

No documento, divulgado pela imprensa iraniana, Mohseni-Ejeie condena "as mensagens contra a moral islâmica e, em particular, contra o fundador da República Islâmica que circularam pelas redes Viber, Tango e WhatsApp" nas últimas semanas.

Para essa autoridade, as mensagens são criminosas.

Mensagens parecidas contra as atuais lideranças, principalmente o guia supremo aiatolá Ali Khamenei, também circularam nessas redes que, segundo a imprensa, são utilizadas por milhões de iranianos.

Se o Ministério das Telecomunicações não adotar as medidas necessárias, a justiça vai intervir diretamente para "proibir as redes sociais que tenham um conteúdo criminoso", acrescentou Mohseni-Ejeie.

As autoridades já censuram o Facebook, o Twitter e o Youtube, e monitoram milhões de sites de caráter político ou sexual.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, um religioso moderado, defende mais liberdade política e cultural, principalmente a abertura da internet, mantendo o respeito aos valores da República Islâmica.

Há duas semanas, ele considerou que a censura na internet é contraproducente e que é preciso "dialogar e persuadir para reforçar a moral social".

"Alguns pensam que é possível reduzir os problemas construindo muros. Vocês criam filtros, eles criam proxys. Isso não funciona", disse.

Uma recente decisão do governo de estender a licença 3G a duas grandes operadoras de telefonia iranianas provocou polêmica, com alguns conservadores manifestando sua preocupação relacionada à possibilidade de os usuários utilizarem os recursos de vídeo.

O Ministério das Telecomunicações confirmou que os serviços de videofonia não seriam abertos em território iraniano.

De acordo com um recente estudo realizado pelo Ministério dos Esportes e da Juventude, quase 70% dos jovens iranianos utilizam programas específicos para evitar a censura na internet.


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