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Estado de Minas

FBI: Apoio a jihadistas do EI aumenta após ataques aéreos dos EUA


postado em 17/09/2014 18:46

O apoio à organização Estado Islâmico (EI) e o número de combatentes jihadistas aumentaram após o começo dos ataques aéreos americanos no Iraque, concluíram autoridades da Inteligência americana nesta quarta-feira.

Em declarações na comissão de segurança interna da Câmara de Representantes - no momento em que o Exército americano se prepara para ampliar seus ataques aéreos contra o EI na Síria -, o chefe do FBI, James Comey, falou do "crescente apoio na internet" que o grupo jihadista tem recebido "desde o início dos ataques americanos no Iraque", em 8 de agosto.

Graças ao "amplo uso das redes sociais", o EI "se mostra determinado a semear o medo e atrair novos recrutas", acrescentou Comey, baseando-se em dados obtidos de agências americanas de inteligência.

Essas agências estimam que o número de combatentes jihadistas na Síria e no Iraque seja de entre 20.000 e 31.000 homens, afirmou Matthew Olsen, diretor do Centro Nacional Antiterrorista dos Estados Unidos.

Com receitas de um milhão de dólares por dia procedentes do mercado negro do petróleo ou do pagamento de resgates, o grupo jihadista implementou uma propaganda muito sofisticada, que supera as de outras organizações e pode ter um impacto no recrutamento, acrescentou Olsen.

"Estimamos que as forças do EI foram ampliadas, em consequência de melhores informações mas também de um recrutamento maior neste verão (hemisfério norte), depois de várias vitórias em combates e da proclamação do seu califado", ao quais se somam os impopulares ataques americanos no Iraque.

Desde 8 de agosto, as forças americanas lançaram 174 operações de bombardeio contra os jihadistas no Iraque, inclusive perto de Bagdá. Os Estados Unidos querem agora atacar os "santuários" do grupo extremista na Síria, segundo a Casa Branca.

A Síria se tornou o "principal local de recrutamento" dos extremistas, advertiu o chefe da luta antiterrorista americana.

Além disso, "a chegada de mais de 15.000 combatentes estrangeiros à Síria, com um acesso variado a partir da Europa e dos Estados Unidos, aumenta a nossa preocupação", acrescentou Olsen.

"Estes indivíduos pode acabar voltando aos seus países de origem endurecidos, radicalizados e determinados a nos atacar".

Mais reféns

O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, estimou em mais de 2.000 o número de combatentes ocidentais que viajaram para a Síria.

"Estamos preocupados com a possibilidade de que esses combatentes estrangeiros não só se juntem ao EI e a outras organizações violentas na Síria, como também sejam recrutados por grupos extremistas para deixar a Síria e cometer ataques no exterior", declarou Johnsos à mesma comissão.

"O EI luta para se tornar a organização terrorista mais importante no cenário mundial", advertiu.

"E não é possível se tornar líder sem atacar os Estados Unidos", acrescentou Johnson.

Após a decapitação de dois reféns americanos e de um terceiro britânico, Comey considerou que este grupo "e outras organizações terroristas estrangeiras poderão continuar buscando e fazendo americanos reféns para obrigar o governo americano a fazer concessões que só reforçariam o EI e suas futuras operações terroristas", disse.

No entanto, "os serviços de inteligência não possuem informações que provem que o EI esteja preparando um ataque nos Estados Unidos", insistiu Olsen.


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