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Estado de Minas

Escócia vive últimas horas da campanha para referendo sobre independência


postado em 17/09/2014 10:22 / atualizado em 17/09/2014 10:28

A Escócia vive nesta quarta-feira o último dia de campanha para o referendo de independência, com pesquisas que apontam uma pequena vantagem do "Não".


De Glasgow a Edimburgo, passando por Aberdeen até o limite da Escócia, os dois lados organizarão comícios e devem fazer campanha até o último minuto para conquistar votos.


O líder independentista Alex Salmond, chefe de Governo regional, escreveu uma carta aos escoceses com um pedido para que não deixem escapar a oportunidade de rompimento com o Reino Unido após 307 anos.


"Acordem na sexta-feira no primeiro dia de um país melhor. Sabendo que o fizeram, sabendo que fizeram com que acontecesse", escreveu Salmond.


"Isto é sobre deixar o futuro de vosso país em vossas mãos. Não deixem que a possibilidade escorregue. Não deixem que digam a vocês que não podemos. Vamos fazer".


Até mesmo uma derrota teria algo de vitória para Salmond, porque os partidos britânicos se comprometeram a ceder mais autonomia à Escócia caso o país permaneça no Reino Unido.


Alistair Darling, líder da campanha unionista, ex-ministro das Finanças trabalhista, participará em um comício em Glasgow ao lado do ex-primeiro-ministro Gordon Brown, também escocês.


Se a Escócia votar "Não", disse Darling, as mudanças serão "mais rápidas e melhores" do que se optar pelo "Sim", que abriria um período de transição para negociar a ruptura com Londres que deve ser complicada e que culminaria com a declaração formal de independência em março de 2016.


"Construímos juntos o Reino Unido, nos beneficiamos desta força. Seria uma tragédia o rompimento desta relação", disse à rádio BBC.


Tensão e indecisão


A campanha registrou episódios tensos nos últimos dias. Na terça-feira, o líder trabalhista britânico Ed Miliband, que faz campanha pelo "Não", teve que interromper uma caminhada por Edimburgo ao perceber que estava no meio de uma briga entre independentistas e unionistas.


Darling denunciou que os abusos têm sido reiterados e acusou Salmond de não ter feito nada para impedir os confrontos.


Duas novas pesquisas divulgadas na terça-feira apontam uma pequena vantagem do "Não".


De acordo com o instituto ICM, o "Não" tem 45% das intenções de voto, contra 41% do "Sim", com 14% de indecisos. O instituto Opinium mostra um resultado de 49%-45%, com 6% de indecisos.


Mas os analistas advertem para a dificuldade de qualquer previsão, pois o índice de participação deve superar 80%, 30 pontos a mais que nas últimas eleições regionais. Além disso, o referendo deve receber os votos de setores da sociedade que normalmente não comparecem às urnas, como os moradores dos subúrbios pobres de Glasgow.


"Todas as previsões sugerem uma participação acima de 80%", disse Mary Pitcaithly, a funcionária que anunciará o resultado oficial na sexta-feira.


Os locais de votação abrirão as portas às 6H00 GMT (3H00 de Brasília) e os eleitores poderão comparecer até 21H00 GMT (18H00 de Brasília). Os resultados devem ser conhecidos no fim da noite ou durante a madrugada.


Quase 4,3 milhões de pessoas acima de 16 anos, residentes na Escócia - 97% dos que podem votar -, estrangeiros e britânicos incluídos, se registraram para participar no referendo.


Aqueles que não podem votar são os escoceses que não vivem na Escócia, algo que provocou irritação na diáspora.


"Sou escocês, nascido na Escócia, mas me negam o direito de decidir o futuro de meu país", reclamou um deles no Facebook, em uma mensagem na qual pede a ampliação "do voto do referendo a todos os escoceses".


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