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Estado de Minas

Esquerda vence eleições na Suécia; mas extrema-direita cresce


postado em 14/09/2014 20:31

A oposição de esquerda venceu as eleições parlamentares na Suécia, enquanto a extrema-direita registrou um avanço histórico, segundo resultados definitivos divulgados na noite deste domingo.

De acordo com a TV estatal SVT, os social-democratas receberam 31,2% dos votos, o que faz de Stefan Löfven, 57 anos, o encarregado de formar o novo governo.

A votação foi histórica para os Democratas da Suécia (extrema-direita), que se tornarão o terceiro partido do país, com 13% do eleitorado.

Os social-democratas e seus aliados naturais - os Verdes e o Partido de Esquerda - somam 43,7% dos votos, ficando abaixo da maioria absoluta, contra 39,1% para a coalizão de centro-direita até então no poder.

Em sua primeira declaração após a vitória, Löfven disse que está "pronto para explorar a possibilidade de formar o novo governo", e estendeu a mão "aos demais partidos democráticos" que queiram trabalhar com ele no Parlamento.

Mas o líder de esquerda rejeitou qualquer acordo com os Democratas da Suécia, que surgem como a terceira força do Parlamento. "Não haverá cooperação, é preciso levar em conta que 87% dos suecos não votaram neles".

Löfven qualificou os Verdes como seus "companheiros naturais de trabalho", do mesmo modo que o Partido de Esquerda, "com o qual mantemos uma boa colaboração".

O resultado representa o fim de oito anos de governo do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt, de 49 anos.

Reinfeldt admitiu na noite deste domingo sua derrota, anunciando que pedirá demissão na segunda-feira.

"O povo sueco tomou sua decisão. Diante disto, apresentarei amanhã minha demissão", declarou Reinfeldt na sede do Partido dos Moderados em Estocolmo.

O partido de Reinfeldt obteve 23,2% dos votos, contra 30,1% em 2010.

Já o presidente dos Democratas da Suécia, Jimmie Åkesson, 35, afirmou que "nós somos os donos da festa a partir de agora", ao comentar o avanço histórico de 5,7% em 2010 para 13% hoje.

"Agora damos as cartas (...). Será preciso governar o país e ficará difícil se não nos escutarem", previu Akesson, líder de um partido anti-imigração até agora marginal.

Mais cedo, ao depositar seu voto em Estocolmo, o vitorioso Löfven destacou que "haverá uma mudança na vida política sueca".

"Eu diria que fizemos uma campanha formidável. E mostramos que estamos preparados para continuar por mais quatro anos", afirmou, por sua vez, Reinfeldt, que ainda acreditava em uma vitória.

As reformas liberais promovidas por Reinfeldt e o aumento das desigualdades econômicas cansaram muitos eleitores, em particular os jovens, os mais afetados pelo desemprego.

Durante a campanha, Löfven se apresentou como o representante das pessoas comuns, prometendo fazer mais pelas classes menos favorecidas e investir em melhorias de infra-estrutura e educação.

Para a realização dessas promessas, Löfven pode contar com o bom desempenho da economia sueca e das finanças públicas.

O avanço espetacular dos Democratas da Suécia reflete o recente aumento acentuado na Europa dos partidos de extrema-direita ou da direita populista, como o UKIP na Grã-Bretanha, a Frente Nacional na França ou o Partido do Povo dinamarquês.


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