(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Segundo jornalista dos EUA é executado, enquanto forças iraquianas avançam sobre jihadistas


postado em 02/09/2014 20:22

Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) executaram um segundo jornalista americano e divulgaram nesta terça-feira o vídeo da morte, no qual aparece um encapuzado falando com sotaque britânico antes de cortar a garganta da vítima.

No vídeo o jornalista Steven Sotloff, de 31 anos, fala para a câmera que é uma vítima da decisão adotada pelo presidente americano, Barack Obama, de realizar ataques contra os jihadistas.

Na imagem, o combatente encapuzado denuncia os ataques aéreos ordenados por Obama contra o Estado Islâmico -um grupo jihadista sunita que atua no Iraque e na Síria- antes de executar o jornalista.

Ao final do vídeo de aproximadamente cinco minutos de duração, o encapuzado apresenta outro refém, que na legenda é identificado como cidadão britânico e ameaçado de execução.

A porta-voz do Departamento de Estado disse que o governo está "enojado" com o vídeo, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, descreveu o ato como "absolutamente repugnante e bárbaro".

Trata-se de um vídeo quase idêntico ao que o mesmo grupo divulgou no mês passado e que mostrava a execução do jornalista americano James Foley, de 40 anos, em resposta aos ataques ordenados por Obama.

A partir de então os ataques foram mantidos e nesta terça-feira pareciam dar resultado, já que forças iraquianas registraram progressos em seu combate contra os jihadistas no norte do Iraque.

Depois de romper um cerco de vários meses à cidade xiita de Amerli (nordeste), tropas oficiais também recuperaram o controle de uma parte da estrada que liga Bagdá ao norte do país.

Duas cidades ao norte de Amerli já haviam sido retomadas na segunda-feira quando forças iraquianas, com apoio aéreo americano, obteve duas importantes vitórias desde o colapso militar em junho.

Esse colapso abandonou à própria sorte cerca de 1.700 soldados que se renderam aos jihadistas, e supõe-se que muitos deles já tenham sido executados.

Na capital iraquiana, centenas de pessoas invadiram o parlamento, atacaram legisladores e realizaram um protesto exigindo informações sobre o destino de parentes militares.

"Assassinatos em massa"

A Anistia Internacional denunciou em um relatório publicado nesta terça-feira a "campanha sistemática de limpeza étnica" lançada pelo EI para "eliminar qualquer resquício dos não-árabes e muçulmanos que não sejam sunitas" no norte do Iraque.

A organização garante ter "provas" de que em agosto houve muitos "assassinatos em massa" na região de Sinjar, onde viviam muitos yazidis, uma minoria curda não muçulmana.

A ajuda já começou a chegar a Amerli pelos militares e pela ONU, que nesta terça-feira anunciou que "entregou 45 toneladas de abastecimentos".

No momento em que um caminhão chegava à cidade, um combatente que esteve em Amerli disse que era a primeira vez que via frutas em meses.

O cerco deixou muitas vítimas entre os moradores, como Umm Ahmed, que perdeu o marido e o filho de 10 anos na explosão de um morteiro, tornando-se a única responsável por suas três filhas, das quais a mais velha tem oito anos.

Não havia "comida e água para beber, e crianças e idosos estavam morrendo", disse.

Um dia antes de retomar Amerli, tropas e milicianos xiitas retomaram Sulaiman Bek e Yankaja, duas cidades do norte que foram bastiões dos jihadistas.

Ao mesmo tempo, Hadi al-Ameri, comandante da brigada xiita Badr, disse que "a estrada de Bagdá a Kirkuk se tornou segura".

A Força Aérea americana realizou quatro ataques na região de Amerli em apoio às operações de milícias que antes haviam lutado contra tropas americanas no país.

Pedido por reféns da ONU

Em meio ao conflito, cerca de 40 soldados de Fiji que integram um contingente de capacetes azuis das forças da ONU nas Colinas de Golã (UNDOF, na sigla em inglês) foram sequestrados na semana passada por um braço da Al-Qaeda na Síria.

O comandante do Exército de Fiji, Mosese Tikoitoga, disse nesta terça-feira que os combatentes da Frente Al-Nosra querem ser excluídos da lista da ONU de organizações terroristas. Exigem ainda o envio de ajuda humanitária e compensações financeiras para três feridos.

Tikoitoga disse que uma equipe da ONU havia chegado às Colinas de Golã para tratar das negociações para a libertação.

"Infelizmente, não conseguimos avanço algum na situação. O paradeiro de nossas tropas continua desconhecido, e os rebeldes não nos dizem onde estão", disse Tikoitoga.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)