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Estado de Minas

EUA bombardeiam reduto de líderes das milícias islamitas na Somália


postado em 02/09/2014 19:22

A aviação americana bombardeou na madrugada desta terça-feira uma área onde estavam reunidos vários comandantes dos islamitas somalis shebab, incluindo o líder supremo do grupo, Ahmed Abdi "Godan", mas até o momento não é possível saber se o ataque provocou mortes.

O Pentágono confirmou nesta terça que uma "operação" tinha sido realizada na segunda-feira contra os insurgentes extremistas e que estava "avaliando os resultados".

"Os americanos realizaram um importante ataque aéreo contra uma reunião de importantes comandantes shebab, entre eles o líder Abu-Zubeyr", afirmou Abdikadir Mohamed Nur, governador da província meridional de Basse-Shabelle (sul da Somália).

Abu-Zubeyr é um dos muitos apelidos e nomes de guerra de "Godan".

"Estavam reunidos para falar sobre a ofensiva iniciada no sábado em Basse-Shabelle pelas forças governamentais somalis, apoiadas pela Força da União Africana na Somália" (Amisom).

"Os shebab sofreram perdas pesadas durante o ataque. Não podemos fornecer detalhes mais amplos enquanto não conseguirmos informações adicionais sobre o número exato de mortos. Mas o que sei é que o alvo era a direção" dos shebab, declarou à imprensa o porta-voz do governo somali, Ridwan Haji Abdiweli.

Não está claro ainda se o principal comandante shebab foi eliminado no ataque, segundo afirmaram dois funcionários americanos.

A operação foi realizada exclusivamente por uma aeronave e não houve participação de tropas por terra, segundo uma das fontes.

As fontes confirmaram, no entanto, que o ataque tinha como alvo Ahmed Abdi Godan.

A área atacada era um importante refúgio dos shebab e um campo de treinamento para os terroristas, segundo Mohamed Nur.

Procurados pela AFP, os shebab não falaram sobre o destino de Godan nem sobre eventuais vítimas em seu grupo após o ataque americano.

Já o ministro somali das Relações Exteriores, Abdirahman Dualeh Beileh, que participava de uma cúpula da União Africana sobre terrorismo em Nairóbi, declarou que o governo "ainda está aguardando informações" sobre o ataque.

O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de sete milhões de dólares por Godan, de 37 anos, uma das 10 pessoas mais procuradas no mundo por Washington por atividades terroristas.

Godan procede do clã Isaq de Somalilandia (norte), estudou no Paquistão e fontes de inteligência acreditam que recebeu treinamento em armas no Afeganistão. Dentro dos shebab é um dos partidários da "jihad mundial" e faz oposição aos defensores de uma ideologia nacionalista somali.

Na segunda-feira à noite, o Pentágono anunciou uma operação contra os shebab na Somália e que estava "avaliando os resultados".

Como parte da nova ofensiva, batizada de "Oceano Índico", as forças somalis e da Amisom retomaram no sábado dos shebab o controle da localidade de Bulomarer, em Basse-Shabelle, 160 km ao oeste de Mogadíscio. O próximo alvo é Barawe, um porto ainda sob poder dos islamitas.

O carvão que os shebab exportam de Barawe, sobretudo dos países do Golfo, permite a arrecadação de 25 milhões de dólares por ano.

Desde agosto de 2011, os shebab foram expulsos de Mogadíscio e da maior parte parte de seus redutos do sul e centro da Somália.

Mas ainda controlam amplas zonas rurais e combatem o governo com técnicas de guerrilha, sobretudo em Mogadíscio, onde já atacaram a sede da presidência e o Parlamento.

No domingo, um comando shebab atacou, no centro da capital, o quartel-general do serviço de inteligência, onde estão detidos muitos de seus integrantes.

Os sete integrantes do grupo morreram após 45 minutos de combates, que também provocaram três baixas entre as forças somalis.

A Somália não tem uma autoridade central desde a queda do regime autoritário do presidente Siad Barre em 1991, que deixou o país no completo caos.

O atual governo somali tem muitas dificuldades para impor-se fora de Mogadíscio e dos subúrbios da capital, apesar das derrotas dos shebab, porque muitas regiões controladas pelos islamitas ficam sob dependências dos chefes de guerra.


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