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Estado de Minas

Justiça espanhola prolonga detenção de pais que fugiram com filho doente


postado em 01/09/2014 10:31

Um juiz espanhol prolongou nesta segunda-feira por 72 horas a detenção dos pais de Ashya King, o menino britânico de 5 anos que tem um tumor cerebral e foi retirado do hospital sem autorização, e pediu um relatório médico urgente sobre o estado da criança.

O juiz da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, Ismael Moreno, questionou os pais Brett King, de 51 anos, e Naghemeh King, de 45 anos, detidos no sábado pela polícia no sul da Espanha e que se negaram a ser extraditados para o Reino Unidos, segundo uma fonte judicial.

Foi uma funcionária do Hostal Esperanza da cidade de Benajarafe, a menos de 30 km de Málaga, no sul da Espanha, que avisou à polícia que a família foragida se encontrava na localidade.

As autoridades da Grã-Bretanha, da França e da Espanha procuravam há dois dias Ashya, retirado por seus pais na quinta-feira do hospital de Southampton, no sul da Inglaterra, no qual estava internado, contra a opinião dos médicos.

Para as autoridades britânicas, era vital encontrar o menino, que se desloca em cadeira de rodas e não pode se comunicar.

A vida de Ashya, operado pela última vez há sete dias, depende de uma sonda nasogástrica que permite que ele se alimente. As autoridades temiam que a bateria do aparelho acabasse no sábado.

"Como podem ver, não tem nenhum problema, está muito feliz desde que o tiramos do hospital", afirmou o pai, Brett King, de 51 anos, em um vídeo publicado no sábado no YouTube por um dos irmãos de Ashya.

Nas imagens é possível ver o menino, com a sonda, nos braços do pai, que afirma tê-lo tirado do hospital para buscar um tratamento que o serviço público de saúde britânico NHS não oferece no momento.

"Sorri muito, interage conosco e queria dizer a razão pela qual o tiramos do hospital", declarou Brett King no vídeo.

Ele explicou que buscavam no exterior um tratamento de radioterapia que utiliza prótons e que o serviço público britânico NHS não oferece, segundo ele.

"Estamos profundamente comovidos ao descobrir hoje que seu rosto está por toda parte na internet e nos jornais e que fomos qualificados de sequestradores, suspeitos de colocar sua vida em risco e de negligência", declarou.

"Fala-se muito deste aparelho e, como você pode ver, está conectado", acrescentou mostrando a sonda.

A Interpol havia divulgado na sexta-feira um alerta mundial aos seus 190 países membros.


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