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Estado de Minas

Forte queda do PIB japonês pressiona o método 'Abenomics'


postado em 13/08/2014 06:25

O Japão sofreu no segundo trimestre o contragolpe do aumento do IVA e teve uma forte contração do PIB, prevista pelos analistas, mas que abre uma fase de incerteza sobre a terceira economia mundial.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão registrou queda de 1,7% no segundo trimestre de 2014 em relação ao anterior, o que é atribuído a uma retração do consumo por causa do aumento do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) a partir de 1º de abril.

Em ritmo anualizado, a queda é de 6,8%, indicou o governo ao divulgar as estatísticas nesta quarta-feira.

Apesar do resultado negativo, a Bolsa de Tóquio fechou a sessão de quarta-feira em alta de 0,35%.

A queda do PIB aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro Shinzo Abe, comprometido há um ano e meio com um ambicioso programa de recuperação conhecido como "Abenomics".

Este é o primeiro trimestre de queda significativa do PIB desde que o arquipélago saiu da recessão no fim de 2012. Desde então, a atividade econômica sempre registrou expansão, com exceção do quarto trimestre de 2013, quando permaneceu estagnada.

Os economistas esperavam essa queda, após um crescimento forte do PIB entre janeiro e março (1,5% na comparação com o trimestre anterior), graças a uma alta na compra de bens de consumo antes do aumento do IVA de 5% para 8% em abril.

A atividade econômica, como esperado, sofreu o impacto da nova taxa. No segundo trimestre, o consumo residencial caiu 5,2%, o das empresas recuou 2,5% e o setor imobiliário registrou baixa de 10,3%.

A queda de demanda debilitou as importações (-5,6%), sem que as exportações tenham registrado recuperação (-0,4%).

Os investimentos públicos também caíram (-0,5%), apesar do programa de medidas de apoio à atividade econômica ter começado a compensar, parcialmente, o fim dos excepcionais orçamentos de recuperação aprovados no início de 2013, quando Abe chegou ao poder.

Os generosos orçamentos estão entre os três pilares do "Abenomics", ao lado da política de flexibilização monetária do Banco do Japão (BoJ) e das reformas estruturais.


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