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Estado de Minas

Marcha branca em Amsterdã pelas vítimas do voo MH17


postado em 23/07/2014 19:52

Milhares de pessoas, a maior parte vestida de branco, participaram na noite desta quarta-feira de uma passeata silenciosa pelas ruas de Amsterdã em homenagem às 298 vítimas do voo MH17, constatou um jornalista da AFP.

Em um dia de luto nacional decretado pelo governo holandês, os manifestantes se reuniram na Praça Dam, principal praça do centro da cidade, atendendo a uma convocação feita no Facebook.

Dos mortos na tragédia, 193 eram holandeses.

Eles iniciaram por volta das 20h15 (15h15 de Brasília) uma caminhada de alguns quilômetros pelas principais vias da cidade e soltaram centenas de balões brancos.

"É importante nos reunirmos, mostrarmos que estamos todos juntos, que compartilhamos a dor das famílias e dos amigos", explicou à AFP Leon, de 35 anos, usando uma camisa branca.

"E é importante que todos usem branco, a cor da esperança. Isso que dizer que olhamos para o futuro", acrescentou.

Um Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines, que saiu de Amsterdã em direção a Kuala Lumpur, foi abatido na quinta-feira passada no leste da Ucrânia, em uma zona controlada por separatistas pró-russos.

As acusações são dirigidas principalmente aos insurgentes, que teriam lançado um míssil fornecido pela Rússia. Já Moscou acusa o governo ucraniano.

"É incrível que em 2014 um avião civil seja abatido com um míssil, espero realmente que esses eventos sejam esclarecidos algum dia", disse Tim, de 35 anos.

Os primeiros restos mortais de vítimas chegaram na tarde desta quarta-feira em um avião proveniente do leste da Ucrânia. Após uma cerimônia no aeroporto, os corpos foram transportados para uma base militar holandesa para que sejam identificados, em um processo que pode levar meses.

Martin, um argentino que vive na Holanda, foi a Amsterdã para participar da marcha branca junto com sua esposa e seu filho de 7 meses.

"Não conhecemos ninguém que estava naquele avião, mas vivemos na Holanda e isto cabe a todos nós. Não podemos dizer que não é com a gente, é impossível", disse.

"Poderia ter acontecido com qualquer um que estivesse no avião: comigo, com minha esposa, com meus amigos, com qualquer um".


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