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Estado de Minas

Três anos depois de mortes, extremista norueguês diz que renunciou à violência


postado em 22/07/2014 11:16 / atualizado em 22/07/2014 11:34

Anders Behring Breivik cumpre pena de 21 anos, com possibilidade de prolongação por tempo indefinido (foto: AFP PHOTO / ODD ANDERSEN )
Anders Behring Breivik cumpre pena de 21 anos, com possibilidade de prolongação por tempo indefinido (foto: AFP PHOTO / ODD ANDERSEN )
O assassino norueguês da extrema-direita Anders Behring Breivik renunciou à violência, declarou nesta terça-feira seu advogado, no momento em que a Noruega lembra o terceiro aniversário do massacre em que 77 pessoas morreram. "Breivik tem deixado muito claro que não apoia mais a violência e que não incita outras pessoas a cometerem atos de violência", declarou o advogado Tor Jordet, citado pela imprensa norueguesa. Extremista hostil ao multiculturalismo, hoje com 35 anos de idade, Breivik cometeu em 22 de julho de 2011 o pior massacre na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial. Ele primeiro detonou uma bomba perto da sede do governo de esquerda em Oslo, fazendo oito vítimas, e depois abriu fogo contra um acampamento de jovens trabalhistas na ilha de Utoeya, matando 69 pessoas, em sua grande maioria adolescentes. Na época, ele considerou seu gesto de "atroz, mas necessário". O assassino cumpre uma sentença de 21 anos, pena máxima na Noruega, mas com possibilidade de uma prolongação por tempo indefinido enquanto for considerado uma ameaça à sociedade. Contactado pela AFP, Jordet se recusou a comentar as declarações de seu cliente, dizendo apenas que este aniversário deve incidir sobre os sobreviventes e as famílias das vítimas. "Nós fizemos o julgamento das ações e das falhas da Noruega em 22 de julho, mas não fomos capazes de discutir o pensamento (que motivou) o autor do crime", comentou Eskil Pedersen, presidente da Juventude Trabalhista. "Três anos depois dos ataques, o racismo está de volta nos locais de debate e partidos de extrema direita têm vencido eleições em países ao nosso redor", disse ele. O debate aumenta na Noruega sobre a necessidade de combater a ideologia por trás da carnificina. "Nós não podemos proteger-nos de todos os perigos apenas por meio de medidas de segurança", disse a primeira-ministra conservadora, Erna Solberg, que chegou ao poder no ano passado. "A coisa mais importante que podemos fazer é nos opor ao radicalismo e extremismo violento, cultivando as qualidades de nossa sociedade", disse ela. Na presença de seu antecessor trabalhista, Jens Stoltenberg, Solberg depositou uma coroa de flores e observou um minuto de silêncio em frente ao edifício alvo do primeiro ataque, que continua desativado. O edifício será reabilitado ao invés de demolido, o que poderia passar como uma vitória para Breivik. A ilha Utoeya foi aberta para os sobreviventes do tiroteio e às famílias das vítimas. Três jovens sobreviventes foram eleitos para o Parlamento no ano passado.


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