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Estado de Minas

Mortes em naufrágio na Coreia do Sul já chegam a 113

Número ainda pode aumentar já que cerca de 190 pessoas continuam desaparecidas


postado em 22/04/2014 14:19 / atualizado em 22/04/2014 14:43

Familiares de desaparecido se reúnem no porto da cidade de Jindo em busca de informações(foto: Nicolas ASFOURI/AFP)
Familiares de desaparecido se reúnem no porto da cidade de Jindo em busca de informações (foto: Nicolas ASFOURI/AFP)

O número de mortes confirmadas no naufrágio ocorrido na quarta-feira na costa sul da Coreia do Sul chegou a 113, disseram autoridades locais. Cerca de 190 pessoas seguem desaparecidas.

A maioria das vítimas é de alunos de uma mesma escola em Ansan, perto de Seul. Dos 323 estudantes a bordo do ferry Sewol, mais de três quartos morreram ou desapareceram, enquanto quase dois terços das outras 153 pessoas a bordo sobreviveram. O número de corpos retirados do mar aumentou desde o fim de semana, quando mergulhadores que lutavam contra fortes correntes e baixa visibilidade conseguiram finalmente entrar no navio naufragado.

O porta-voz da força-tarefa de emergência Koh Myung-seok disse que os corpos foram encontrados principalmente no terceiro e quarto andares do ferry, onde muitos passageiros pareciam estar reunidos. Muitos estudantes estavam em cabines no quarto andar, perto da popa do navio, disse Koh. Os corpos estão sendo identificados visualmente, mas membros da família ofereceram amostras de DNA caso a decomposição torne o processo impossível.

Vinte e dois dos 29 membros da tripulação do navio sobreviveram. Nove deles foram presos ou detidos por causa da investigação.

O capitão, Lee Joon-seok, e dois membros da tripulação foram presos no sábado por suspeita de negligência e abandono de pessoas em necessidade. O procurador Yang Jung-jin disse que um tribunal emitiu mandados de prisão nesta terça-feira para outros quatro tripulantes que autoridades haviam detido um dia antes. Dois outros tripulantes foram detidos hoje.

Quatro dos tripulantes detidos conversaram com jornalistas após uma audiência no tribunal, com os rostos escondidos sobre bonés, moletons com capuz e máscaras.

Um deles disse que tentou corrigir o problema no barco no início, mas "vários dispositivos não funcionaram. Então, nós informamos a situação de perigo, de acordo com o julgamento do capitão, e tentamos lançar os botes salva-vidas, mas a embarcação estava muito inclinada e nós não poderíamos chegar". O capitão disse que esperou para emitir uma ordem de evacuação porque a corrente estava forte, a água estava fria e os passageiros poderiam ter se afastado antes de a ajuda chegar. Mas especialistas marítimos disseram que ele poderia ter ordenado aos passageiros que fossem ao convés - onde eles teriam uma chance maior de sobrevivência - sem lhes dizer para abandonar o navio.

A causa do desastre ainda não é conhecida. O promotor sênior Ahn Sang-don disse que os investigadores estão considerando fatores como vento, correntes oceânicas, frete, modificações feitas no navio e o fato de que ele havia virado pouco antes de começar a naufragar. Segundo ele, as autoridades vão realizar uma simulação e obter opiniões de especialistas. Fonte: Associated Press.


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