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Estado de Minas

Mantega: FMI precisa de alternativas para fazer reformas


postado em 11/04/2014 20:55

O Fundo Monetário Internacional (FMI) não deveria continuar "esperando Godot" e aguardar indefinidamente que o Congresso dos Estados Unidos aprove a reforma no funcionamento da entidade, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está em Washington.

"Eu acho que o FMI deveria pensar agora em alternativas. Digamos que não sei quando o Congresso americano continue sem aprovar a reforma. Vamos ficar a vida toda esperando? Não dá", defendeu Mantega na entrevista coletiva em meio à assembleia-geral de primavera (hemisfério norte) do FMI e Banco Mundial.

"Não dá para ficar esperando Godot", insistiu o ministro, referindo-se à peça de Samuel Beckett, na qual dois personagens aguardam a chegada de alguém chamado Godot, que nunca aparece.

Aprovada em 2010, a reforma do funcionamento do FMI está parada no Congresso americano e praticamente sem previsão de que seja votada no curto prazo.

Nesta sexta-feira, em uma declaração, os países emergentes e desenvolvidos do G20 pediram aos Estados Unidos que aprove essa reforma no Congresso americano. Ainda assim, Mantega alegou que não se deve esperar esse prazo para começar a pensar em alternativas.

"O final do ano, para mim, é o limite final. Não podemos passar quatro anos esperando. Este acordo ficou pronto em 2010", afirmou.

Uma das alternativas, sugeriu, seria destravar a aplicação da 14ª rodada da Revisão Geral de Cotas e começar a trabalhar de uma vez na 15ª rodada.

"Nada impede que mesmo sem aprovar a 14ª se possa começar a 15ª", insistiu.

Pouco antes, Mantega fez um discurso, no qual alegou que os "atrasos extraordinários" na aprovação da reforma do FMI são "preocupantes e danosos".

"O FMI não pode permanecer paralisado e adiar seu compromisso com a reforma. Devem ser encontradas alternativas para avançar, enquanto o maior acionista (os Estados Unidos) não resolve seus problemas políticos", comentou Mantega.

Em seu discurso, Mantega também mencionou a necessidade de transformar em políticas concretas a preocupação do FMI e do Banco Mundial com a redução das desigualdades.

Nesse sentido, o ministro reiterou a posição do Brasil de identificar áreas, nas quais os governos possam aumentar impostos para os setores mais ricos, "sem afetar a criação de empregos", ou ajudar os governos a melhorarem suas políticas de transferência de renda.

No ano passado, o FMI surpreendeu ao lançar a ideia de um taxação excepcional sobre as poupanças privadas para enfrentar o déficit público, mas essa ideia foi rapidamente descartada em benefício da noção tradicional de controle do gasto.


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