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Estado de Minas

Quatro anos depois do vazamento da BP, fauna ainda sofre seus efeitos


postado em 08/04/2014 19:22

Aves, peixes, golfinhos e tartarugas ainda lutam para sobreviver no Golfo do México, quatro anos depois do pior vazamento de petróleo da História dos Estados Unidos, denunciou nesta terça-feira um grupo ambientalista.

Em 2010, o vazamento da BP liberou 4,9 milhões de barris de petróleo nas águas da costa da Louisiana, também contaminando os litorais de Mississipi, Alabama, Texas e Flórida.

"A ciência nos mostra que os impactos estão longe do fim", disse Doug Inkley, cientista sênior da National Wildlife Federation.

"Com base em outros vazamentos de petróleo, os impactos devem durar anos, senão décadas", acrescentou.

Um informe publicado pela National Wildlife Federation resumiu recentes estudos científicos sobre 14 diferentes tipos de criaturas afetadas pelo escape.

Os cientistas encontraram evidências de que golfinhos na petrolífera Baía Barataria, em Louisiana, sofrem de níveis anormais de hormônios, doença pulmonar e anemia.

Segundo o relatório, de modo geral, os golfinhos têm encalhado pelo menos três vezes mais que a taxa histórica e 900 apareceram na costa mortos ou agonizando entre 2010 e 2013, acrescentou o informe.

Cerca de 500 tartarugas ao ano têm sido encontradas mortas na região, uma taxa também muito superior à vista em anos anteriores à catástrofe.

Duas espécies de atum, o vermelho e o amarelo, têm apresentado batimentos cardíacos irregulares devido a um produto químico contido no vazamento de petróleo, que começou com a explosão e afundamento da plataforma Deepwater Horizon, matando 11 pessoas.

Compostos petrolíferos tóxicos foram encontrados em níveis ascendentes em amostras de sangue de aves gaviformes que passam o inverno ao longo da costa da Louisiana, acrescentaram.

Baleias cachalotes que estavam mais próximas do poço acidentado apresentam níveis altos de metais causadores de danos ao DNA do que as de outras partes do mundo.

Os trabalhos de limpeza de petróleo da costa ainda estão em andamento, afirmou Sara Gonzalez-Rothi, especialista sênior para restauração do Golfo e costeira da National Wildlife Federation.

"No ano passado, quase 2,5 milhões de quilos de material coberto de petróleo do acidente foram removidos da costa de Louisiana", afirmou.

No começo do mês, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) suspendeu o veto que tinha imposto à BP para que a empresa britânica pudesse voltar a firmar contratos com o governo após o acidente.

O acordo de cinco anos com a EPA permitirá à companhia assumir novos contratos de exploração de petróleo em águas profundas no Golfo do México.


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