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Estado de Minas

Polícia confirma que Seymour Hoffman tinha heroína


postado em 03/02/2014 23:37

A polícia de Nova York confirmou nesta segunda-feira que foi encontrada heroína em posse do ator Philip Seymour Hoffman, morto no domingo, aos 46 anos, em seu apartamento de Manhattan por suspeita de overdose.

"Os estudos preliminares indicaram que se encontrou heroína", disseram fontes policiais à AFP, referindo-se aos envelopes com a substância suspeita achados junto com o corpo do ator, no andar do banheiro de sua casa no West Village.

O ator foi encontrado com uma seringa no braço e vestido de bermuda e camiseta. Sua trágica morte chocou Hollywood e milhões de fãs no mundo.

A necropsia que confirmará o motivo do óbito já está em andamento, declarou uma porta-voz do Escritório de Medicina Forense (OCME, na sigla em inglês) de Nova York esta tarde. O corpo do ator foi levado para o necrotério do OCME, no domingo à noite.

"Estamos realizando. Não haverá mais informações por hoje", disse a assessora Julie Bolcer à AFP, por telefone.

Depois da surpresa com o falecimento do ator, considerado um dos mais talentosos de sua geração, começaram a circular informações sobre o mau momento, pelo qual Hoffman passava, mais uma vez envolvido com as drogas. O vício já havia colocado a vida do ator em risco aos 22 anos.

Recentemente, em maio de 2013, Hoffman passou dez dias em um centro de reabilitação para tentar se livrar do vício, especialmente o uso de heroína, uma droga que cria forte dependência.

Hoffman, um dos atores mais respeitados de Hollywood, separou-se há pouco tempo de sua mulher, a estilista Mimi O'Donnell, mãe de seus três filhos, de 10, 7 e 5 anos, segundo o jornal "Daily News".

Em agosto, o ator abandonou o projeto do filme sobre espiões "Child 44" por "razões não reveladas", sendo substituído por Vincent Cassel.

Homenagens de fãs e colegas de trabalho

A Polícia usava seu celular, entre outras fontes, para tentar determinar os últimos passos do ator e saber quais foram as últimas pessoas que estiveram com ele. Também estão sendo analisadas as gravações do circuito interno de televisão do prédio onde ele vivia, não muito longe da casa que ele e Mimi haviam comprado em 2008, por US$ 4,25 milhões.

Considerando-se a hipótese da morte por overdose, os agentes tentam descobrir ainda onde Seymour comprou a droga.

Na porta do prédio onde o ator faleceu, no número 35 da Bethune Street no West Village, os fãs improvisaram um pequeno memorial, com flores, velas e fotos.

Atores e celebridades prestaram várias homenagens a ele nesta segunda, e a Broadway, o famoso bairro dos teatros em Nova York, anunciou hoje que diminuirá a intensidade de suas luzes na quarta-feira à noite em sua memória.

"Eu me sinto muito feliz de ter conhecido e trabalhado com o extraordinário Philip Seymour Hoffman, e estou profundamente triste com seu falecimento", declarou Julianne Moore, que atuou com ele em "Boogie Nights - Prazer sem limites", "Magnólia" e "O grande Lebowski".

George Clooney, que trabalhou com Hoffman em "Tudo pelo poder", disse estar bastante emocionado: "Não há palavras... é terrível". Já Tom Hanks lamentou a perda de um "talento gigante".

Com mais de 20 anos de carreira e 50 filmes no currículo, Hoffman era extremamente querido e respeitado no mundo do cinema por seu grande talento e pelas escolhas de seus papéis. Ele trabalhava nos filmes dos grandes estúdios e nas produções independentes - e brilhava em todos.

Em 2006, ganhou o Oscar de melhor ator por "Capote", interpretando o escritor homônimo. Recebeu outras três indicações por ator coadjuvante, em "Jogos de Poder" (2008), "Dúvida" (2009) e "O Mestre" (2013).

Apesar da carreira de destaque, o ator mantinha um perfil reservado. Sua família publicou uma carta, dizendo-se "devastada" e agradecendo pelo apoio recebido.


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