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Estado de Minas

Cientistas convertem células comuns em células-tronco


postado em 29/01/2014 13:37 / atualizado em 29/01/2014 14:59

Um tratamento laboratorial relativamente simples mostrou-se capaz de transformar células comuns de ratos em células-tronco, segundo um surpreendente estudo publicado na edição desta semana da revista especializada Nature. A pesquisa indica uma maneira nova e barata de desenvolver tecidos e órgãos para o tratamento de doenças que vão do diabetes ao Mal de Parkinson.

Cientistas britânicos e japoneses expuseram células de baços de ratos recém-nascidos a um ambiente mais ácido do que elas estão habituadas. Nos testes laboratoriais, tais condições fizeram com que elas se transformassem em células-tronco, versáteis o bastante para produzirem os tecidos de um embrião de rato, por exemplo.

Células da pele, dos músculos, de gordura e outros tecidos dos ratos recém-nascidos aparentemente passaram pela mesma mudança, o que poderia ser desencadeado pela exposição das células a uma variedade de situações extremas, disseram os pesquisadores.

A expectativa dos cientistas é usar células-tronco para substituir tecidos prejudicados por uma ampla gama de doenças. Ao obter células-tronco a partir das células do próprio paciente, os médicos podem contornar o problema da rejeição em casos de transplante.

"É um processo muito simples. Acho que é possível fazer isso até num laboratório de escola", disse o doutor Charles Vacanti, autor de dois trabalhos sobre o tema publicados na edição desta semana da Nature.

Vacanti advertiu que a técnica, se funcionar também em seres humanos, provavelmente abrirá um novo caminho potencial para a clonagem, o que é "causa de preocupação".

Coautora do estudo, a japonesa Haruko Obokata disse que os pesquisadores agora estudam se a técnica funcionará em seres humanos.

Médicos sem relação com a pesquisa declararam-se surpresos com o resultado, mas observaram que ainda é cedo para saber quais serão as aplicações praticadas da pesquisa.

"Até ficar demonstrado que funciona em humanos, será difícil saber quais serão as aplicações práticas", opinou William Lowry, biólogo da Universidade da Califórnia em Los Angeles. "Por enquanto, a questão é se uma curiosidade laboratorial vai se transformar em um avanço da medicina. A resposta ainda está no ar."


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