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Estado de Minas

Números da pobreza e da desigualdade nos Estados Unidos


postado em 28/01/2014 19:52

A desigualdade de renda, tema central do discurso do presidente Barack Obama sobre o Estado da União, aumentou nos Estados Unidos a partir dos anos 1970, enquanto os níveis de pobreza avançaram em consequência da recessão.

Seguem abaixo os principais números sobre o assunto:

NÍVEL DE POBREZA

- Em 2012, 15% dos americanos - cerca de 47 milhões - era pobre, contra 19% em 1964, quando o então presidente Lyndon B. Johnson declarou "guerra" contra a pobreza.

Esse número se agravou desde a crise de 2007, passando de 12,5% para 15%, e afetou principalmente as crianças, pulando de 18% para 21,8%. Um em cada cinco menores é pobre nos Estados Unidos. (Fonte: Censo americano)

- O Center on Budget and Policy Priorities (CBPP) utiliza o critério Supplemental Poverty Measure (SPM, Medida Suplementar de Pobreza, em tradução livre), que leva em consideração as ajudas do governo, incluindo o auxílio alimentação. Segundo esse cálculo, 16% dos americanos eram pobres em 2012 - pelo menos 50 milhões de pessoas -, contra 26% da população em 1964.

LIMITE DA POBREZA

Rendas mínimas estabelecidas para considerar que um americano é pobre (em 2012, também segundo o Censo americano):

- para uma pessoa, US$ 11.720 anuais, ou US$ 980 por mês.

- para duas pessoas, US$ 14.937 anuais, ou US$ 1.250 por mês.

- para uma família com dois filhos, US$ 18.498 anuais, ou US$ 1.540 dólares por mês.

DISPARIDADE DE RENDA

- Descontados os impostos, os Estados Unidos são o país mais desigual em relação à renda entre cerca de 20 países ricos, segundo o Centro de Estudos de Desigualdade da Universidade de Nova York.

As altas rendas (antes dos impostos, mas incluindo os dividendos) sofreram uma "alta espetacular" a partir dos anos 1970, de acordo com o economista francês Emmanuel Saez, da Universidade de Berkeley (Califórnia).

O 1% mais rico do país captou 95% do crescimento da renda após a crise (2009-2012), enquanto que esse percentual chegou a 49%, durante a recessão (2007-2009), e a 65%, entre 2002 e 2007 (governo de George W. Bush).

Apenas em 2012, a renda do 1% mais rico cresceu 19,6%, enquanto que no restante aumentou 1%.

SALÁRIO MÍNIMO:

- Criado em 1938, o salário mínimo federal por hora estabelece um pagamento de US$ 7,25.

A inflação não é contabilizada.

Levando-se a inflação em conta, esse dado representa uma queda de 22%, em comparação ao nível mais alto no final dos anos 1960, segundo o CBPP.

- Um empregado com salário mínimo que trabalha em tempo integral ganha US$ 14.500 dólares por ano, cerca de US$ 1.208 por mês, segundo a Casa Branca.

- Pelo menos 20 estados aprovaram um salário mínimo superior.

- Um projeto de lei do Senado deve incluir a inflação e aumentar o salário mínimo de forma progressiva para que se situe em US$ 10,10 (a hora), em 2016. Essa medida deve beneficiar cerca de 17 milhões de americanos, segundo o Instituto de Política Econômica.

- Em seu discurso sobre o Estado da União nesta terça-feira, o presidente Barack Obama deve anunciar um aumento para US$ 10,10 (a hora) para os funcionários federais terceirizados. Segundo a Casa Branca, a medida deve beneficiar pelo menos 250 mil pessoas.


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