Genebra – A conferência de paz sobre a Síria começou o dia repleta de desentendimentos e representantes do governo do presidente Bashar al-Assad chegaram a ameaçar abandonar as negociações. Do lado da oposição, os delegados reclamavam que os enviados do regime não estavam completamente comprometidos com a agenda das conversas, pois exigiam que os negociadores do governo assinassem a declaração das grandes potências, feita em 2012, pedindo a instalação de um governo de transição na Síria. A exigência foi rejeitada pelo governo
Diante do impasse, o mediador internacional para a crise no país árabe, Lakhdar Brahimi, se encontrou com representantes de ambos os lados separadamente e conseguiu agendar para hoje uma reunião com a presença dos rivais. “Espero que seja um bom começo e continuemos (a negociação) até o fim da próxima semana. As discussões que tive com as duas partes foram encorajadoras”, afirmou .
Oubai Shahbandar, conselheiro da oposição, disse que "há sérias divisões na delegação do governo". "O objetivo é que a primeira rodada de conversas dure até a próxima sexta-feira, mas as expectativas estão tão baixas que veremos como as coisas se desenvolverão a cada dia", afirmou um diplomata ocidental sem se identificar. Outro impedimento é o boicote ao diálogo das principais forças rebeldes em combate.