(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bachelet perto da vitória no Chile


postado em 14/12/2013 00:12 / atualizado em 14/12/2013 08:54

Os eleitores chilenos decidirão amanhã quem vai ocupar o Palácio La Moneda pelos próximos quatro anos, mas não há praticamente ninguém que questione o favoritismo da ex-presidente Michelle Bachelet para vencer a disputa com a conservadora Evelyn Matthei. No primeiro turno, há um mês, a candidata socialista conseguiu 46,6% dos votos, contra 25,01% de Matthei. As plataformas de governo são bastante distintas e mostram a divisão política da sociedade chilena, que busca se livrar da herança da ditadura do general Augusto Pinochet (1973–1990).


Para a maioria dos analistas, o resultado da eleição está traçado e resta apenas saber qual o nível de apoio que Bachelet terá. A única pesquisa de intenção de votos, realizada pela Universidade de Santiago e o instituto de pesquisa de mercado e opinião pública Ipsos, foi divulgada na quarta-feira. Ela indica que Bachelet vai vencer a disputa com mais de 63,7%, enquanto Matthei obterá uma votação superior a 33,7%. “Acho que o objetivo dela é (conseguir) mais de 60%. Um pouco acima dos 65% é muito bom”, disse Kenneth Bunker, analista político da Universidade Diego Portales, em Santiago. “Qualquer coisa abaixo de 55% seria um resultado ruim para ela.” A aposta da candidata é melhorar o nível de participação nas primeiras eleições com voto voluntário no Chile. Em novembro, metade dos 13,6 milhões de cidadãos habilitados votaram.


“É uma escolha que ocorre em condições inéditas, já que raramente se pode prever o resultado do segundo turno com tanta clareza”, disse o cientista político Christopher Bellolio, da Universidade Adolfo Ibáñez. "Matthei vai perder as eleições. Só não sei se será uma surra porque isso depende do número de eleitores, mas a direita vai experimentar uma grande derrota", acrescentou.


Bachelet prega a redução da enorme distância entre ricos e pobres no Chile por meio de uma revolução na educação pública financiada por uma milionária reforma tributária. Para financiar a educação gratuita, Bachelet prometeu uma reforma fiscal que pretende arrecadar cerca de US$ 8,2 bilhões adicionais com um aumento dos impostos corporativos e com o fim de benefícios a empresas. “Temos duas opções neste domingo: uma que busca mudanças e a outra que se opõe a elas”, declarou Bachelet durante a campanha.


O ponto que permanece em aberto é se a coalizão em torno da socialista, que governou o Chile entre 2006 e 2010, será suficiente para realizar as reformas prometidas. Além da importante aposta em transformar o sistema educacional – alvo de protestos estudantis há quase dois anos –, a candidata pretende elaborar uma nova Constituição para se livrar da herança de Pinochet. A composição do novo Congresso, eleito em paralelo ao primeiro turno, concede a Bachelet maioria simples nas duas câmaras caso seja eleita, mas falta a ela a maioria de dois terços para mudar a Constituição. Para isso, ela terá que lidar com um sistema que limita a formação de maiorias no Congresso e dificulta o governabilidade.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)