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Estado de Minas

Metade da população síria na miséria


postado em 25/10/2013 16:46

A guerra que devasta a Síria destruiu os meios de subsistência e levou ao colapso da economia, mergulhando na pobreza mais da metade da população, de acordo com um estudo encomendado pela ONU.

"Mais da metade da população vive na pobreza, com 7,9 milhões de pessoas que se empobreceram desde o início da crise. Entre elas, 4,4 milhões estão em situação de extrema pobreza", diz o relatório que acaba de ser publicado.

O desemprego atingiu 48%, o sistema de educação é "desastroso", com 49% das crianças que abandonaram a escola, e o sistema de saúde está passando por um "grande colapso".

Milhões de pessoas fugiram de suas casas; mais de dois milhões, de seu país. Isso deve fazer dos sírios a maior população de refugiados do mundo até o final de 2013.

O PIB sofreu uma "queda dramática", com uma "contração de 34,4%" no primeiro trimestre de 2013 e 39,6% no segundo, em comparação com 2012.

"A economia síria sofre com a desindustrialização maciça, devido ao fechamento de empresas, falências, evasão fiscal, saques e destruição", observa o relatório.

Até o segundo trimestre de 2013, a economia havia perdido 103 bilhões de dólares, o equivalente a 147% do PIB em 2010.

O investimento e o consumo, público e privado, têm registrado uma contração, enquanto cresce a "economia informal" e o crime, o que terá "consequências graves para a economia no pós-guerra", adverte o estudo.

"Cada vez mais, os empresários operam em mercados caracterizados pela violência, onde extorsão, contrabando e crime (...) colocam em perigo aqueles que fazem negócios de forma legal" assegura o estudo.

O desaparecimento de postos de trabalho e o "estado de caos" levam algumas pessoas a recorrer ao contrabando, a sequestros e a saques para sobreviver, principalmente nas áreas de fronteira e em zonas de combate.

Diante da fuga da mão de obra e do capital, a economia agora tem a estrutura de um país subdesenvolvido: a agricultura é responsável por 54% do PIB, com "uma proporção sem precedentes".

Este estudo foi encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) ao Centro Sírio de Pesquisa Política, com sede em Damasco.


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