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Estado de Minas

Suécia é o melhor país para se envelhecer; Brasil ocupa 31ª posição

O Chile e o Uruguai estão à frente do Brasil na lista, mas nós temos a melhor posição entre os BRICS


postado em 01/10/2013 18:49 / atualizado em 01/10/2013 19:29

A Suécia é o melhor país para se envelhecer e o Afeganistão, o pior, revelou um estudo endossado pela ONU e publicado nesta terça-feira, que posiciona o Brasil em 31º lugar.

O Brasil tem a melhor posição entre os países emergentes do bloco BRICS (que também reúne Rússia, Índia, China e África do Sul). Mas está atrás de outros latino-americanos, como o Chile, 19º, e o Uruguai, em 23º.

Com base neste estudo, as Nações Unidas advertiram que muitos países estão despreparados para lidar com uma população cada vez mais idosa.

Em um mundo que envelhece rapidamente, o Global AgeWatch Index (Índice Global de Vigilância Etária, em tradução livre) - o primeiro do tipo - revelou que a Suécia, conhecida por seu generoso Estado de bem-estar social, seguida de Noruega e Alemanha, são os mais bem preparados para lidar com os desafios de uma população em processo de envelhecimento.

A forma como os países cuidam de seus cidadãos idosos se tornará um tema cada vez mais importante, uma vez que o número de pessoas com mais de 60 deve aumentar dos atuais 809 milhões para mais de 2 bilhões em 2050 - quando elas serão mais de um em cada cinco pessoas do planeta, destacou o informe. "O século XXI está registrando uma transição demográfica global sem precedentes, com a população envelhecendo em seu cerne", destacaram os autores do estudo.

A pesquisa estabeleceu um ranking com muitos países africanos e do sul da Ásia como os piores países para se aposentar, com Tanzânia, Paquistão e Afeganistão nas três piores posições. O índice foi compilado pelo grupo de defesa HelpAge International e pelo Fundo de População da ONU numa tentativa de fornecer dados essenciais sobre as populações em processo de envelhecimento ao redor do mundo.

Brasil é o melhor entre os BRICS


O estudo classificou o bem-estar social e econômico dos idosos em 91 países, comparando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências globais sobre renda, saúde, educação, emprego e entorno dos idosos.

Enquanto os países mais ricos do planeta - incluindo as nações da Europa ocidental, os Estados Unidos e o Japão - foram posicionados nas mais elevadas posições, como se previa, o relatório de forma algo surpreendente descobriu que um número de países de baixa renda implantou políticas que melhoraram significativamente a qualidade de vida de seus idosos.

A Bolívia, que oferece assistência de saúde gratuita para seus cidadãos mais velhos, apesar de ser um dos países mais pobres entre os pesquisados, e o Sri Lanka, com seus investimentos de longo prazo em saúde e educação, estão entre os destaques positivos.

A diretora-executiva do HelpAge, Silvia Stefanoni, disse que a falta de urgência no debate sobre o bem-estar dos mais velhos "é um dos maiores obstáculos para responder as necessidades da população mundial em envelhecimento". "Ao nos dar uma compreensão melhor da qualidade de vida de homens e mulheres à medida que envelhecem, este novo índice pode nos ajudar a focar nossa atenção em onde as coisas estão saindo bem e onde precisamos fazer melhorias", afirmou em um comunicado.

O estudo também destacou que alguns países do topo do ranking introduziram políticas bem sucedidas para cuidar dos idosos em um momento em que ainda eram economias emergentes.

A Suécia, por exemplo, implantou seu sistema universal de pensões um século atrás, enquanto a Noruega introduziu seu sistema em 1937, acrescentou.

"Os recursos limitados não precisam ser uma barreira para que os países atendam seus cidadãos mais velhos", destacou o informe.

O Brasil ficou situado na 31ª posição, a melhor entre os emergentes do bloco, que também reúne a China (35ª colocada), a África do Sul (65ª), a Índia (73ª) e a Rússia (78ª).

No lado positivo, a pesquisa revelou que alguns países e regiões que estavam envelhecendo mais rápido já estavam se preparando para a mudança demográfica.


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