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Estado de Minas

Muitas perguntas sem resposta após fim do cerco a shopping em Nairóbi


postado em 25/09/2013 12:31

O fim do cerco ao centro comercial Westgate de Nairóbi deixou em suspenso várias questões, entre elas: quantas pessoas foram feitas reféns? Quem eram, de fato, os atacantes?

QUANTAS PESSOAS MORRERAM DESDE O INÍCIO DA AÇÃO?

Oficialmente, ao menos 67 pessoas morreram no ataque iniciado no sábado por um comando islamita: 61 civis, incluindo 16 expatriados estrangeiros, e seis membros das forças de segurança quenianas.

O balanço pode aumentar: ao menos 64 pessoas ainda estão desaparecidas segundo a Cruz Vermelha. Além disso, poderia haver outros desaparecidos estrangeiros que teriam sido assinalados diretamente a suas embaixadas.

À medida que as equipes de resgate avançarem entre os escombros do edifício parcialmente destruído, muitos cadáveres poderão ser descobertos. Mas a operação levará tempo, já que as autoridades continuam a procurar eventuais explosivos nos arredores do shopping.

QUEM ERAM OS REFÉNS?

Os insurgentes islamitas somalis shebab, que reivindicaram o ataque, e o governo queniano multiplicaram declarações contraditórias sobre os reféns, sobretudo nas últimas 24 horas de ataque. Desde segunda-feira à noite, Nairóbi afirmava ter liberado todos os reféns ainda em mãos dos islamitas. No dia seguinte, os shebab desmentiam, afirmando que o comanda ainda detinha reféns "vivos".

Quarta-feira, os shebab acusaram as autoridades quenianas de terem provocado a morte de 137 reféns nas últimas horas de operação, utilizando "gás químico" no prédio para acabar com o cerco.

Desde domingo à noite, nenhum refém foi levado ao posto de emergência avançado instalado próximo ao Westgate, segundo um jornalista da AFP.

QUEM SÃO OS ATACANTES?

O ataque foi rapidamente reivindicado pelos shebab. Um parente do líder supremo do movimento, Ahmed Abdi Aw-Mohamed, conhecido como Godane, relatou à AFP nesta quarta-feira que o ataque não teria sido realizado sem o seu aval.

Mas a identidade dos membros do comando - de 10 a 15 pessoas segundo Nairóbi - e o que aconteceu a eles, continuam a ser grandes pontos de interrogação.

Logo após o início da crise, houve rumores sobre o envolvimento de combatentes estrangeiros, incluindo americanos e britânicos.

O nome da britânica Samantha Lewthwaite, viúva de um dos homens-bomba dos atentados de Londres de 2005, foi citado com insistência.

Os shebab negaram a participação de mulheres no ataque. O presidente queniano Uhuru Kenyatta recusou-se, por sua vez, a confirmar a informação e, enquanto aguarda os resultados dos legistas, garantiu que ao menos cinco atacantes foram mortos.

A identidade dos islamitas mortos ainda precisa ser confirmada, assim como daqueles que saíram vivos, e o que foi feito a eles.

O presidente Kenyatta anunciou a prisão de 11 suspeitos, sem especificar se eram ou não combatentes, e se eles foram presos no local do ataque. Sobreviventes do comando foram presos? Alguns conseguiram fugir? Ou seus corpos estão sob os escombros?

Única indicação até o momento: Londres afirmou, sem dar detalhes, que uma pessoa de nacionalidade britânica havia sido presa. O Ministério das Relações Exteriores não especificou se foi uma mulher ou um homem.

COMO A PREPARAÇÃO DO ATAQUE PASSOU DESPERCEBIDA PELA INTELIGÊNCIA QUENIANA?

Desde que o Quênia lançou uma operação militar na Somália no final de 2011, o país recebeu várias ameaças de insurgentes. O país também foi alvo de uma série de ataques, mas em escala muito menor e que nunca foram reivindicados diretamente pelos shebab.

Antes do ataque de Westgate, os quenianos, ajudados há vários meses por muitas agências de segurança estrangeiras, inclusive o FBI, conseguiram frustrar várias tentativas de ataques.

Várias embaixadas ocidentais chegaram a alertar repetidamente para o risco de ataques contra locais frequentados por estrangeiros, em particular os centros comerciais.

Mas, desta vez, nenhuma atividade específica dos shebab foi observada. Nada foi filtrado antes do ataque, afirmou à AFP duas fontes dos serviços de inteligência ocidentais.

"Em geral, há interceptações (telefônicas) ou vazamentos, mas não desta vez", declarou uma dessas fontes.


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