O santuários de Lourde, na França, confirmou neste domingo o reconhecimento do 69º milagre pelas autoridades religiosas.
O feito teria sido observado em 1989 com a cura, após visita ao local de peregrinação católica, de uma mulher italiana que sofria de graves crises de hipertensão.
O milagre foi reconhecido em 20 de junho pelo arcebispo de Pádua, norte da Itália, região originária de Danila Castelli. Segundo os santuários de Lourdes, a dona de casa italiana começou a sofrer com "graves crises de hipertensão espontâneas" em 1980, aos 34 anos.
Após passar por ecografias e uma cintilografia, foram descobertos em Danila tumores que produziam catecolaminas (hormônios como a adrenalina ou a dopamina) na região do aparelho uro-genital. A partir de 1982, ela passou por diversas intervenções cirúrgicas "na esperança de eliminar os pontos que provocavam as crises de tensão arteriais até 1988, sem resultados", informaram os santuários.
Em maio de 1989, durante uma peregrinação em Lourdes, Danila saiu das piscinas do santuário onde ela foi banhada e "sentiu um extraordinário bem-estar".
Ela declarou sua cura súbita ao Birô Médico de Lourdes. Depois de cinco reuniões em 1989 e 2010, o Bureau concluiu que "Danila Castelli ficou curada, de mandeira total e permanente, desde sua peregrinação a Lourdes em 1989, há 21 anos, do mal ao qual era acometida, sem relação com intervenções e tratamentos médicos".
Sua cura é garantidamente "inexplicável do atual estado de conhecimentos científicos".
O arcebispo de Pádua declarou que o caráter "prodigioso-miraculoso" e o valor do "significado" desta cura.