Os advogados do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak declararam neste sábado que este último não é culpado das acusações de cumplicidade na morte de manifestantes, durante uma nova audiência do julgamento.
O Tribunal Penal do Cairo ouviu as declarações dos advogados de defesa na quarta audiência do julgamento, transmitida ao vivo pela rede de televisão pública.
O ex-presidente, de 85 anos, estava no banco dos réus de óculos escuros e vestido com a roupa branca tradicional dos presos.
Mubarak é julgado, junto com seus filhos Alaa e Gamal, por corrupção e, assim como outros ex-líderes da segurança, por cumplicidade no assassinato de manifestantes durante a revolta que provocou sua queda, em fevereiro de 2011.
Esta nova audiência coincide com um momento de forte tensão no país, depois que um golpe militar derrubou o sucessor de Mubarak, o islamita Mohamed Mursi.
Um primeiro julgamento condenou o ex-presidente à prisão perpétua, mas o Tribunal de Cassação ordenou que voltasse a ser julgado. O novo processo judicial começou no dia 11 de maio.
A revolta popular de 2011 deixou quase 850 mortos, segundo números oficiais.