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Estado de Minas

Destroços de avião abatido na Segunda Guerra são retirados do fundo do Canal da Mancha

Bimotor é o único do modelo Dornier 17 que ainda existe no planeta


postado em 11/06/2013 11:56 / atualizado em 11/06/2013 12:25

*Com informações da AFP

 

destroços do bimotor estão encobertos por cracas (foto: IAN DUNCAN / Trustees of the Royal Air Force / AFP)
destroços do bimotor estão encobertos por cracas (foto: IAN DUNCAN / Trustees of the Royal Air Force / AFP)

 O avião bombardeiro Dornier 17 foi temido durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial. Pintado com as cores da Luftwaffe, a força aérea nazista, o bimotor descarregou toneladas de bombas sobre solo europeu. Ferrenhamente combatito pelos pilotor aliados, o modelo era considerado extinto: todas as cerca de 1.700 unidades produzidas acabaram sendo destruídas. Eis que, em 2008, historiadores britânicos se surpreenderam quando mergulhadores descobriram uma aeronave submersa no Canal da Mancha. Iniciou-se um movimento para o resgate, até que nesta segunda-feira, 10, os destroços foram finalmente içados do fundo das águas.

 

A retirada da aeronave das águas do Canal da Mancha foi organizada pelo Museu da RAF, a força aérea britânica, localizado em Londres. A operação durou cinco semanas e custou 600 mil libras, valor equivalente a cerca de R$ 2 milhões. O Dornier 17 foi içado por cabos de aço, de uma profundidade de aproximadamente 15 metros. Apesar da queda sobre as águas e das mais de sete décadas de exposição à maresia, os historiadores dizem que o bimotor está em notável estado de conservação, com trem de pouso várias peças ainda em seus devidos lugares, embora os motores tenham sido danificados na queda.

 Equipes do museu já identificaram a aeronava resgatada. Trata-se de um exemplar que foi abatido no dia 26 de agosto de 1940, em um confronto entre a RAF e a Luftwaffe diante da costa de Kent, no sudeste do Reino Unido. Dos quatro tripulantes do bombardeiro, dois morreram e outros dois se tornaram prisionairos de guerra. O Dornier 17 ganhou o apelido de “lápis voador” durante a Segunda Guerra, devido à seua fuselagem estreita, principalmente perto da cauda.

 Agora, o bimotor passará por uma restauração, estimada para durar dois anos. Quando o trabalho chegar ao fim, o bombardeiro será exposto no Museu da RAF. Peter Dye, diretor da instituição, destacou que o projeto preservará a memória dos "sacrifícios realizados pelos jovens das duas forças aéreas (britânica e alemã)". Ele também ressaltou o valor histórico do avião: "A descoberta e recuperação do Dornier é de importância nacional e internacional. A aeronave é um sobrevivente único e sem precedentes da Batalha da Grã-Bretanha", disse à agência de notícias AFP.

 

Operação de resgate foi delicada: cabos de aço foram posicionados em locais estratégicos da fuselagem(foto: IAN DUNCAN / Trustees of the Royal Air Force / AFP)
Operação de resgate foi delicada: cabos de aço foram posicionados em locais estratégicos da fuselagem (foto: IAN DUNCAN / Trustees of the Royal Air Force / AFP)


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