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Estado de Minas

Solitários inspiram-se na Al-Qaeda


postado em 28/04/2013 08:00 / atualizado em 28/04/2013 10:20

Brasília – Os lobos solitários têm buscado inspiração em grupos extremistas estabelecidos e com tentáculos internacionais. Não raro, as referências convergem para o maior deles, a Al-Qaeda, autora dos atentados de 11 de setembro de 2001. Mesmo sem nunca ter pisado em um de seus campos de treinamento, os arquitetos de ataques recentes, frustrados ou não, acabaram por revelar alguma conexão com os ideais da rede. Os especialistas, porém, divergem quanto aos sinais de uma derrocada da ação organizada do grupo criado por Osama bin Laden ou uma perpetuação de sua doutrina, sobrevivendo à morte de seus líderes.

Erica Chenoweth, da Escola de Estudos Internacionais da Universidade de Denver, vê sinais de que a Al-Qaeda perde capacidade de ação coordenada. "Os autorradicalizados podem estar em ascensão, mas isso sugere o desmantelamento de uma rede sofisticada", afirmou. Segundo a cientista política, restou apenas a inspiração. Em vez de uma organização com grande capacidade, o grupo terrorista teve de terceirizar sua violência com pessoas que, provavelmente, nunca tiveram contato pessoal com a rede. "Apesar de os acontecimentos de Boston terem sido atrozes e terríveis, foram de escala pequena, comparada ao que o núcleo da Al-Qaeda sempre planejou fazer."

O analista francês Barah Mikaïl, da Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo, discorda. Para ele, muito se tem dito sobre uma crise no comando da organização, especialmente após a morte do líder, abatido por um comando de elite dos EUA no Paquistão, em maio de 2011. "Não podemos considerar a Al-Qaeda como um único bloco. Seria mais eficiente vê-la como uma escola de pensamentos que tem criado movimentos e células. Sob esse ponto de vista, ela permanece forte e ativa", argumentou.

Essa parece ser a opinião de autoridades americanas. Em março, antes do ataque de Boston, o diretor da Inteligência Nacional, James Clapper, disse à Comissão de Inteligência do Senado que, apesar de o núcleo da Al-Qaeda ter se enfraquecido, "o movimento jihadista global é mais diversificado e descentralizado, é uma ameaça persistente". Também no Congresso, o chefe de operações especiais do Departamento de Defesa, Michael Sheehan, disse ter informações de que a Al-Qaeda estaria procurando recrutas nos EUA, no Reino Unido e em outros países, para compor um "grupo de terror formado pela segunda geração de militantes islâmicos". (RT)


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