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Estado de Minas

Franco-brasileiro condenado a 30 anos na França por homicídio


postado em 11/04/2013 21:01

O francês de origem brasileira Adriano Araújo da Silva, de 37 anos, foi condenado nesta quinta-feira a 30 anos de prisão pelo assassinato da estudante australiana Jeanette O'Keefe, morta há 12 anos, na região de Paris.

Após quatro horas de deliberação, o tribunal criminal de Hauts-de-Seine, ao oeste de Paris, condenou Adriano a 30 anos de reclusão, confirmando o veredicto de primeira instância.

O corpo ensanguentado e estrangulado da estudante, de 28 anos, foi encontrado no dia 2 de janeiro de 2001 em um saco de dormir em um estacionamento em Les Mureaux, localidade perto de Paris, onde morava o acusado.

As duas irmãs de Jeanette, seu irmão e seu cunhado, que testemunharam e acompanharam o processo, comemoraram o resultado.

"Nós dissemos que, se ele recorresse, nós voltaríamos para fazer justiça a Jeanette. Foi isso que nós fizemos. Para ser sincera, foi extremamente estressante, mas acho que, a partir de agora, nossos pais e nós mesmos vamos poder virar a página", afirmou Denise, de 43, uma das irmãs da vítima.

"Não sabemos exatamente o que de fato aconteceu com Jeanette mas temos uma ideia bastante clara. Seu assassino vai ficar durante um bom tempo atrás das grades, e era isso que queríamos", completou.

Adriano tem cinco dias para apresentar o recurso de cassação, mas ainda não se decidiu. "Estamos avaliando", disse sua advogada Fabien Arakelian.

Nos três dias do processo, Adriano, que nasceu no Brasil, insistiu em sua inocência e acusou a polícia de tê-lo "manipulado", forçando-o a confessar.

O réu foi detido oito anos depois do crime, quando os investigadores conseguiram coletar uma amostra de DNA nas unhas da vítima e que seria de Adriano.

Durante o período de custódia, ele primeiramente negou o crime. Depois, Adriano confessou e, em seguida, voltou atrás no depoimento.

Na confissão, o acusado declarou ter conhecido a vítima do crime na avenida Champs-Elysées, em Paris, na noite de Ano Novo. Ele a convidou para sua casa, onde teriam tido relações sexuais. Ao acordarem, a estudante teria se recusado a fazer sexo novamente, ameaçando chamar a polícia.

Adriano Araújo da Silva teria golpeado a cabeça de Jeanette com uma massa, ou uma barra de ferro, para depois estrangulá-la. O relato foi confirmado pela necropsia.

Ainda de acordo com sua versão, ele colocou a vítima em um saco de dormir e, então, jogou seu corpo da varanda do quarto andar. Algum momento depois, levou o corpo para um estacionamento.


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