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Estado de Minas

Triste Páscoa para os católicos da Síria


postado em 31/03/2013 13:10 / atualizado em 31/03/2013 13:14

Os católicos da Síria celebraram a Páscoa com tristeza neste domingo, alguns em zonas completamente devastadas pela violência como em Al-Ghassaniyé no norte do país, constatou uma jornalista da AFP. Esta pequena cidade cristã situada na fronteira entre a província de Idleb e a litorânea Lattakia tinha antes da guerra 10 mil habitantes - com apenas cerca de dez famílias muçulmanas. Ela se tornou uma localidade fantasma onde restam somente 15 pessoas.

"Não conseguimos celebrar nem a Paixão, nem a Crucificação, não ousamos deixar nossas casas", explica Giorgio, de 88 anos, um dos últimos moradores que ainda vivem na cidade devastada pelos bombardeios.

Vestido com calça azul e camisa bege, usando o tradicional lenço branco preso por um laço negro, ele foi à igreja neste domingo para celebrar a Páscoa junto com alguns outros moradores, além de quatro freiras e dois padres.

"Somos um povo de paz, não de guerra. Queremos a paz para o mundo inteiro", afirmou à AFP. Seus seis filhos fugiram quando suas casas foram destruídas pelos bombardeios.

Na entrada de Al-Ghassaniyé, uma grande estátua de São Jorge matando o dragão foi bastante danificada por um foguete e um altar dedicado à Virgem Maria na parte de cima de uma casa foi atingido por tiros.

Uma das três igrejas da localidade, pertencentes à comunidade evangélica, foi atingida por um foguete. Muitas casas foram reduzidas a escombros pelos ataques aéreos. Os homens que ficaram vigiam as residências poupadas.

Com 1,8 milhão de fiéis, 5% da população, a comunidade cristã síria se mantém afastada da revolta popular que se transformou em um conflito armado que deixou 70 mil mortos desde março de 2011.

O papa Francisco pediu neste domingo, durante sua primeira mensagem pascal urbi et orbi, a "paz" e "uma "solução política" na "Síria bem-amada". "Quanto sangue foi derramado! E quanto sofrimento deve ainda ser infligido antes que consigamos encontrar uma solução política para a crise?", perguntou o Papa diante de centenas de milhares de fiéis que lotavam a Praça de São Pedro.


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