Um grupo de veterinários seguia inspecionando neste sábado no sul da França uma fábrica da empresa agroalimentícia Spanghero, acusada pelo governo de ser a responsável pela fraude de pratos processados com carne de cavalo, indicou uma fonte oficial.
"Quatro inspetores trabalharão durante todo o fim de semana para esclarecer o funcionamento da empresa, identificar as responsabilidades e ver se alguns setores não envolvidos podem retomar" suas atividades, indicou a prefeitura do departamento francês de Aude.
A Spanghero negou na sexta-feira ser a responsável pela fraude de pratos processados que continham carne de cavalo, apesar de serem apresentados como produtos com carne bovina, um caso que envolve 13 países europeus.
Este escândalo, que abrange 750 toneladas de carne que serviram para fabricar mais de 4,5 milhões de pratos, adquiriu uma nova dimensão na quinta-feira, com a detecção na Grã-Bretanha de um medicamento potencialmente prejudicial para a saúde humana em várias carcaças.
A União Europeia aprovou na sexta-feira o plano para combater esta fraude. "Os Estados membros aprovaram o plano da Comissão Europeia para detectar a fraude na comercialização de comida", anunciou a CE em um texto, no qual informou que este plano será implementado imediatamente.
"Não sei quem" é o causador deste escândalo, "mas certamente não somos nós", disse na sexta-feira o presidente da Spanghero, Barthelemy Aguerre, em declarações por rádio.
Um grupo de veterinários começou na sexta-feira a fazer análises nesta empresa situada em Castelnaudary, cujos 300 operários estão em desemprego técnico desde quinta-feira devido à decisão do governo de retirar suas autorizações sanitárias.