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Estado de Minas

Renúncia de Bento XVI provoca apoio e protestos mundo afora


postado em 13/02/2013 07:00 / atualizado em 13/02/2013 07:30

Bárbara Vasconcelos

Brasília – A notícia da renúncia de Bento XVI provocou diferentes reações mundo afora. Enquanto nas redes sociais fiéis publicaram mensagens de apoio e carinho ao pontífice depois do anúncio, grupos de defensores dos direitos humanos comemoraram a saída do alemão Joseph Ratzinger do mais alto posto da Igreja Católica. O papa é tido como uma figura bastante conversadora.
Em Paris, oito feministas do grupo Femen fizeram uma manifestação na Catedral de Nôtre Dame para celebrar a notícia. Com os seios à mostra e o corpo pintado com frases como “Bye bye Bento” e “Crise da fé”, elas invadiram a nave central da igreja gritando "Pope no more" (em português, “Papa nunca mais”) e tocaram os sinos do templo religioso, deixando visitantes consternados. Após alguns minutos, as manifestantes foram retiradas do local pela equipe de seguranças de Nôtre Dame.

Antes disso, em Dublin, o porta-voz de uma associação irlandesa de vítimas de abusos cometidos contra crianças por membros da Igreja já havia se declarado satisfeito com a renúncia de Bento XVI. Segundo o integrante do grupo Survivors of Child Abuse (Sobreviventes de Abuso Infantil) John Kelly, o pontífice teve uma grande oportunidade para enfrentar décadas de violência moral e sexual, mas nada fez para impedir o avanço dessas práticas entre o clero.

País com forte tradição católica, a Irlanda viveu, por décadas, situações de abuso de padres contra meninas e meninos. Os casos vieram à tona nos últimos anos, com a publicação do resultado de diversas investigações oficiais sobre o assunto. Apesar da pressão dos grupos defensores dos direitos humanos, os responsáveis não foram devidamente punidos, de acordo com John Kelly.

Houve, porém, quem prestasse solidariedade ao papa. O amparo a Bento XVI veio principalmente pela internet. Nas redes sociais e no Twitter, em que o próprio pontífice mantém uma conta, fiéis lamentaram a saída de Ratzinger e manifestaram apoio à decisão dele de deixar o posto. "Admiro vossa coragem, realismo na decisão", escreveu uma internauta na página destinada a recados para o pontífice na rede. "Vamos ver se percebo: há quem proteste por #bentoxvi resignar, sendo que essa possibilidade está até prevista no direito canônico?", comentou um brasileiro no microblog.

Mas o mundo virtual não ficou livre das críticas ao anúncio da última segunda-feira. Muitas pessoas avaliaram a renúncia como um ato de fraqueza e pediram um líder religioso mais moderno e tolerante, como o antecessor de Bento XVI, João Paulo II. "Lamento a saída. Cristo não faria isso", escreveu uma internauta na página do líder religioso em uma rede social.


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