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Estado de Minas

Autor de matança de Tucson é condenado à prisão perpétua nos EUA


postado em 08/11/2012 19:37 / atualizado em 08/11/2012 20:46

O autor do massacre de Tucson (Arizona, sudoeste), no qual seis pessoas foram mortas e a congressista Gabrielle Giffords ficou gravemente ferida em janeiro de 2011, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua, indicou a imprensa local.


Jared Loughner, de 24 anos, havia assumido a culpa pelos crimes em agosto, para escapar de uma eventual condenação à morte. Ele passará o resto de seus dias atrás das grades, sem possibilidade de libertação antecipada.


"Nunca mais terá a oportunidade de usar uma arma", declarou o juiz federal Larry Burns, que leu a sentença. "As provas mostram que ele sabia perfeitamente o que estava fazendo, apesar de sua doença mental", acrescentou.


De acordo com a imprensa local, a sentença prevê tecnicamente sete penas consecutivas de prisão perpétua -- seis para cada uma das vítimas e uma pela tentativa de assassinato de Gabrielle Giffords --, seguidas por 140 anos de prisão.


Esta pena é fruto de um acordo que havia sido concluído entre o gabinete do procurador e a defesa do jovem, depois de este ter sido considerado culpado por 19 das 49 acusações pelas quais teria que responder em caso de processo.


No dia 8 de janeiro de 2011, Jared Loughner abriu fogo em um estacionamento de supermercado onde a parlamentar Gabrielle Giffords realizava um ato político, deixando seis mortos, incluindo uma menina de nove anos e um juiz federal.


A parlamentar, que renunciou em janeiro, estava presente na audiência, mas não se manifestou, deixando a palavra com seu marido, o astronauta Mark Kelly.


"Gabby daria a sua vida por cada uma daquelas que você tirou naquele dia", declarou, citado pela rede de televisão de Tucson, KVOA. "Você tentou criar um mundo tão sombrio e maldoso quanto o seu. Mas lembre-se: você fracassou".


Várias outras vítimas foram testemunhar na audiência, como Mary Reed, que foi atingida com tiros no braço e nas costas.


Reed disse que quando Loughner "estava a meio metro" de distância, ela fez um escudo na frente da filha, de acordo com a KVOA.


Em declarações emocionadas, Mavanell Stoddard, que teve o seu marido de 76 anos morto ao protegê-la, mostrou que ainda não consegue perdoar o assassino.


"Você levou minha vida, meu amor, minha razão de viver", disse Stoddard a Jared Loughner, segundo a NBC News.


"Você esqueceu de voltar a arma para si mesmo", concluiu ela.


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