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Estado de Minas

Confronto entre chavistas e oposição ofusca comício de Capriles


postado em 13/09/2012 07:39 / atualizado em 13/09/2012 08:03

STR / AFP(foto: Carro de campanha de Henrique Capriles foi incendiado por apoiadores de Chávez )
STR / AFP (foto: Carro de campanha de Henrique Capriles foi incendiado por apoiadores de Chávez )

Simpatizantes da situação e da oposição se enfrentaram a pedradas e socos esta quarta-feira no norte da Venezuela, ofuscando um comício do candidato opositor à Presidência, Henrique Capriles Radonski, a menos de um mês das eleições.

"Uma a segurou pelos cabelos, outra pelos braços e a jogaram no chão", contou, entre soluços, Blanca Sandoval, mãe de uma jovem simpatizante de Capriles que, segundo ela, foi agredida durante o confronto nos arredores do pequeno aeroporto de Puerto Cabello, onde centenas de pessoas aguardavam a chegada do opositor.

Quatrocentos simpatizantes de Hugo Chávez, que tentará a reeleição nas presidenciais de 7 de outubro, interromperam a estrada na altura do aeroporto e entraram em confronto com uns duzentos simpatizantes de Capriles na entrada do terminal, de onde o candidato opositor tinha previsto iniciar uma visita a esta cidade do estado de Carabobo.

Usando camisetas vermelhas - a cor do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - os simpatizantes de Chávez atiraram pedras e garrafas de um lado da estrada contra os rivais que, identificados com as cores amarela e azul e em clara inferioridade numérica, responderam da mesma forma.

O enfrentamento durou cerca de uma hora, sem intervenção das forças de segurança, apesar de ter ocorrido a poucos metros de um posto da Guarda Nacional Bolivariana (GNB). A partir de então, os manifestantes governistas, alguns dos quais exibiam bandeiras de Chávez, começaram a cercar os rivais, que foram recuando e dispersando no aeroporto.

Houve momentos de grande tensão e o fotógrafo colaborador da AFP Geraldo Caso Bizama chegou a ser agredido por pessoas vestidas de vermelho, que tomaram sua câmera.

"Fui empurrado, levei chutes e tentaram tirar a máquina de mim", explicou o fotógrafo, acrescentando que um homem forte arrancou sua credencial.

Em seguida, "chegaram homens e mulheres com camisetas vermelhas e pedras na mão pedindo a câmera" e a levaram, acrescentou.

Pelo menos um veículo foi incendiado e vários outros foram danificados, constatou a AFP.

O chefe de campanha de Chávez, Jorge Rodríguez, disse que a violência aconteceu porque a polícia de Carabobo, estado governado pela oposição, "atacou com truculência o povo chavista que estava ali se manifestando".

Segundo a agência oficial AVN, mais de 25 simpatizantes do PSUV ficaram feridos. O prefeito de Puerto Cabello, Rafael Lacava, responsabilizou o governador de Carabobo, Enrique Salas Feo, pelas agressões contra militantes da agremiação.

Por causa dos distúrbios, Capriles teve que chegar por mar ao comício, que se concentrou em uma rua estreita de Puerto Cabello, onde culpou o presidente pela violência no aeroporto.

"Estas ações não são espontâneas, estas ações têm um responsável", disse Capriles do alto de um palanque.

"Você, candidato do governo, é você que quer este cenário, é você que quer semear o medo", sentenciou, enquanto simpatizantes exibiam cartazes com fotos suas e uma idosa assentia, chorosa.


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