O ministro sul-africano da Justiça, Jeff Radebe, pediu nesta sexta-feira explicações depois do indiciamento de 270 mineiros grevistas pelo assassinato de 34 colegas mortos a tiros pela polícia no dia 16 de agosto na mina de Marikana (norte).
O juiz Esau Bodigelo não informou em que lei se baseou na quinta-feira para indiciar por assassinato aos 270 mineiros detidos desde 16 de agosto.
Os indiciados faziam parte dos grevistas, armados com lanças e machados, contra quem a polícia disparou.
Nenhum policial tinha sido acusado e foi criada uma comissão de investigação especial encarregada de esclarecer os fatos.
Muitos juristas consideram que o juiz utilizou uma lei antidistúrbios de 1956 que não tinha sido revisada pelas autoridades sul-africanas desde a chegada da democracia em 1994, e que prevê que sejam culpadas pelo assassinato todas as pessoas detidas no lugar de um tiroteio que envolva a polícia, independente de as vítimas serem policiais ou não.