Dirigentes da Universidade da Pensilvânia, cuja equipe de futebol americano foi abalada por um escândalo de pedofilia, encobriram os acontecimentos e mostraram "total desprezo" pelas vítimas, afirmou nesta quinta-feira o ex-diretor do FBI Louis Freeh.
Jerry Sandusky, auxiliar do legendário treinador de futebol americano Joe Paterno, abusou sexualmente de ao menos dez adolescentes, incluindo seu filho adotivo, entre 1994 e 2008, sendo condenado a 156 anos de prisão.
Os dirigentes "não mostraram qualquer preocupação com as vítimas de Sandusky, e jamais questionaram sua segurança e bem-estar", destaca Freeh, assinalando que a Universidade parecia mais preocupada com a "má publicidade" do que em ajudar os jovens.
Sandusky dirigia um programa voltado a jovens carentes, através do qual escolhia suas vítimas.
A Universidade se comprometeu a "examinar atentamente" o relatório da investigação liderada por Freeh "antes de fazer qualquer anúncio ou recomendação".