A coalizão liberal Aliança das Forças Nacionais registra vantagem na corrida eleitoral, segundo pesquisa boca de urna na Líbia. O grupo do ex-chefe do governo de transição Mahmud JIbril teria conseguido maioria na capital, Trípoli, e em Benghasi. A Irmandade Muçulmana estaria em segundo lugar. O sábado foi um dia de festa para os líbios. O comparecimento às urnas foi de 60% dos quase 2,9 milhões de pessoas registradas para votar. O resultado da votação pode ser anunciado hoje.
No Leste do país, mais abastado que outras regiões graças à exploração de petróleo, foram registrados atos de vandalismo e de violência durante o dia de votação. Nessa parte do país, onde há um forte movimento separatista, ocorreram os primeiros protestos contra o então ditador Muamar Kadafi. Segundo informações de um antigo comandante rebelde, na cidade de Adjdabiya, manifestantes incendiaram 14 dos 19 colégios eleitorais. Atos semelhantes também foram registrados em Benghasi, Brega e Gadamis. Apesar dos protestos, a comissão eleitoral afirma que apenas 6% dos locais de votação foram fechados.
Adeptos do movimento de autonomia do Leste reclamam de discriminação com relação ao populoso Oeste. Eles reivindicam mais assentos no Parlamento. Para aumentar a pressão sobre o Conselho Nacional de Transição (CNT), que atualmente governa o país, eles chegaram a fechar três refinarias de petróleo na semana passada. A população foi às urnas escolher os 200 representantes da Assembleia – 100 representantes de Trípoli e do Oeste, 60 assentos de Benghasi e o Leste e 40 do Sudoeste. Entre esses mandatos, 120 serão entregues a candidatos independentes e 80 aos que compuseram listas partidárias. Os futuros parlamentares estão encarregados de montar uma comissão com 60 nomes, que será responsável por elaborar a nova Constituição líbia.