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Estado de Minas

Liberais devem governar a Líbia

Passada a euforia das eleições de sábado no país do Norte da África, população torce por um Parlamento soberano


postado em 09/07/2012 07:39

Até mesmo crianças empunhavam bandeiras ontem em carreatas pelas ruas da capital, Trípoli, festejando as eleições realizadas no sábado(foto: REUTERS/Esam Al-Fetori )
Até mesmo crianças empunhavam bandeiras ontem em carreatas pelas ruas da capital, Trípoli, festejando as eleições realizadas no sábado (foto: REUTERS/Esam Al-Fetori )

A coalizão liberal Aliança das Forças Nacionais registra vantagem na corrida eleitoral, segundo pesquisa boca de urna na Líbia. O grupo do ex-chefe do governo de transição Mahmud JIbril teria conseguido maioria na capital, Trípoli, e em Benghasi. A Irmandade Muçulmana estaria em segundo lugar. O sábado foi um dia de festa para os líbios. O comparecimento às urnas foi de 60% dos quase 2,9 milhões de pessoas registradas para votar. O resultado da votação pode ser anunciado hoje.

Depois da euforia com o dia histórico, os líbios mostram grandes expectativas com o caminho democrático que o país deverá seguir a partir de agora. Para muitos jovens, o pleito foi a materialização do triunfo que conseguiram com os protestos do ano passado. Eles acreditam que agora o país precisa usar a grande chance de implantar um sistema político totalmente diferente, após 42 anos do regime Kadafi. “Se os religiosos chegarem ao poder e reafirmarem as tradições e as tribos, não teremos um país democrático. Por isso, precisamos fazer algo para que não influenciem a Constituição”, disse o estudante de medicina Vasef Salem Albradi,Albradi. Para ele, a verdadeira revolução vai começar agora.

No Leste do país, mais abastado que outras regiões graças à exploração de petróleo, foram registrados atos de vandalismo e de violência durante o dia de votação. Nessa parte do país, onde há um forte movimento separatista, ocorreram os primeiros protestos contra o então ditador Muamar Kadafi. Segundo informações de um antigo comandante rebelde, na cidade de Adjdabiya, manifestantes incendiaram 14 dos 19 colégios eleitorais. Atos semelhantes também foram registrados em Benghasi, Brega e Gadamis. Apesar dos protestos, a comissão eleitoral afirma que apenas 6% dos locais de votação foram fechados.

Adeptos do movimento de autonomia do Leste reclamam de discriminação com relação ao populoso Oeste. Eles reivindicam mais assentos no Parlamento. Para aumentar a pressão sobre o Conselho Nacional de Transição (CNT), que atualmente governa o país, eles chegaram a fechar três refinarias de petróleo na semana passada. A população foi às urnas escolher os 200 representantes da Assembleia – 100 representantes de Trípoli e do Oeste, 60 assentos de Benghasi e o Leste e 40 do Sudoeste. Entre esses mandatos, 120 serão entregues a candidatos independentes e 80 aos que compuseram listas partidárias. Os futuros parlamentares estão encarregados de montar uma comissão com 60 nomes, que será responsável por elaborar a nova Constituição líbia.


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