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Estado de Minas

Conjunto de falhas causou tragédia


postado em 05/07/2012 07:49

O relatório de especialistas judiciais sobre o acidente do voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico quando seguia do Rio para Paris, em 2009, vai apontar falha humana e de equipamentos como causas da tragédia que matou 228 pessoas. O documento faz referência ao congelamento das sondas pitot e à falta de uma resposta satisfatória dos pilotos na hora do acidente. O relatório final do BEA (Escritório de Investigações e Análises, na sigla em francês) que será divulgado hoje já foi entregue às autoridades brasileiras. As análises preliminares indicaram que um problema técnico impediu os pilotos de ter acesso a informações que evitariam a queda do avião. Também apontaram uma série de falhas dos pilotos. Segundo o último relatório, os pilotos não adotaram procedimentos adequados nos últimos minutos do voo, depois da perda de sustentação e velocidade. Diante das últimas análises, a BEA fez 10 novas recomendações de segurança, entre elas um melhor treinamento dos pilotos.

Em entrevista depois da divulgação do último relatório do BEA, no ano passado, o diretor do órgão francês, Jean-Paul Troadec, disse que os pilotos do voo 447 da Air France podiam ter controlado a situação após o avião perder os dados de velocidade. %u201CA situação era salvável%u201D, afirmou Troadec à época. A Air France e a Airbus, fabricante da aeronaves A330 envolvida no acidente estão sob investigação desde março de 2011 por homicídio culposo. No Airbus A330 que partiu do Rio para Paris, em 31 de maio de 2009, estavam 58 brasileiros, 64 franceses, 28 alemães, nove italianos e 69 passageiros de outras nacionalidades. Ao todo, 103 corpos foram localizados. O voo AF 447 da Air France saiu do Rio às 19h de 31 de maio de 2009 e deveria chegar ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, às 11h10 locais (6h10 de Brasília) de 1º de julho. Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu. Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca. Foram resgatados apenas 50 corpos, 20 de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em nova fase de buscas coordenada pelo BEA da França, que localizou a 3,9 mil metros no fundo do mar a maior parte da fuselagem do airbus e corpos de passageiros em quantidade não informada. Depois do acidente, dados preliminares das investigações indicaram congelamento das sondas Pitot, responsáveis pela medição da velocidade da aeronave, como principal hipótese para a causa do acidente. No fim de maio de 2011, um relatório do BEA confirmou que os pilotos tiveram de lidar com indicações de velocidades incoerentes no painel da aeronave. Especialistas acreditam que a pane pode ter sido mal interpretada pelo sistema do Airbus e pela tripulação. O avião despencou a uma velocidade de 200 km/h durante três minutos e meio. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores %u2013 até então feitos pela francesa Thales %u2013 por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.


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