(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Medindo forças no golfo


postado em 04/07/2012 07:40 / atualizado em 04/07/2012 07:58

Teste de míssil no Deserto de Kavir preocupa Israel e Estados Unidos(foto: AFP PHOTO)
Teste de míssil no Deserto de Kavir preocupa Israel e Estados Unidos (foto: AFP PHOTO)
Dois dias depois que as duras sanções da União Europeia contra a indústria petrolífera do Irã começaram a valer, a República islâmica deu início a uma série de testes com mísseis e os Estados Unidos reforçaram sua presença militar de forma significativa no Golfo Pérsico para impedir os iranianos de qualquer tentativa de fechar o Estreito de Ormuz. A demonstração de forças dos dois inimigos aumenta a tensão na região e traz novos elementos na disputa armamentista que poderiam desencadear uma desastrosa guerra. O Irã anunciou com pompas, como sempre, que testou com sucesso vários mísseis, incluindo um de longo alcance com capacidade de atingir Israel e bases dos Estados Unidos na região. Segundo agêncvias iranianas, os mísseis superfície-superfície atingiram seus alvos com sucesso, um deles com capacidade de atingir alvos a 1,3 mil quilômetros de distância. "Por enquanto, lançamos mísseis a distâncias de 300 a 1,3 mil quilômetros na manobra", disse o general Amir Ali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária iraniana. Ele sugeriu que alguns mísseis tinham capacidade de atingir distâncias maiores. Israel fica a cerca de 1 mil quilômetros da fronteira oeste do Irã, enquanto a Quinta Frota da Marinha dos EUA está estacionada no Bahrein, a cerca de 200 quilômetros da costa iraniana no Golfo Pérsico. Os testes militares e outras atitudes do Irã sobressaltam o mercado mundial de petróleo. Na segunda-feira, parlamentares iranianos propuseram uma lei exigindo que o país tente bloquear o trânsito de navios que passem pelo estreito de Ormuz, única entrada do Golfo Pérsico, levando petróleo para nações que apoiam as sanções. Analistas dizem que o projeto só deve virar lei se tiver o aval da líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei. Diante da ameaça de fechamento do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas de petróleo do mundo, os Estados Unidos incrementaram sua presença na reigão do Golfo Pérsico. De acordo com reportagem do New York Times, a marinha americana aumentou o número de jatos capazes de atacar o Irã caso cresça o impasse sobre o programa nuclear de Teerã. "A mensagem ao Irã é %u2019Nem pense em fechar o estreito%u2019", disse ao NYT um funcionário do Departamento de Defesa dos norte-americano, sob condição de anonimato. "Nem sequer pense em fechar o estreito. Vamos retirar as minas. Nem sequer pense em enviar seus barcos rápidos para perturbar nossas embarcações ou navios comerciais. Nós os colocaremos no fundo do golfo", declarou a fonte. A Marinha dos Estados Unidos dobrou o número de caça-minas na região para oito embarcações e aeronaves F-22 e F-15C foram enviados para bases regionais para reforçar a frota já existente nesses locais, informou o NYT. Os reforços integram uma iniciativa há muito planejada para ampliar a presença norte-americana na região, em parte para tranquilizar Israel, afirmou o jornal. O presidente Barack Obama vem tentando reverter o programa nuclear iraniano por meio de meios diplomáticos, elevando as sanções para níveis sem precedentes nos últimos meses, embora não descarte um ataque militar. Países ocidentais e Israel acusam o Irã de desenvolver armas nucleares sob o disfarce de um programa civil de enriquecimento de urânio, acusações negadas por Teerã.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)