O chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição em abril, possui um patrimônio de cerca de 2,7 milhões de euros, segundo sua declaração apresentada ao Conselho constitucional e publicada no sábado no Diário Oficial.
Nesta declaração aparece também que Sarkozy possui várias coleções (autógrafos, relógios, estatuetas) estimadas em um total de 100.000 euros. A declaração evoca também 34% do capital do escritório de advogados SELAS CSC.
Entre os "passivos", aparece que o chefe de Estado francês paga pensão alimentícia de 3.000 euros mensais a Louis Sarkozy, filho nascido de seu casamento com Cecilia Attias, e 2.926 euros mensais de prestação compensatória a Marie-Dominique Culioli, sua primeira esposa.
Sarkozy não possui nenhum bem imobiliário nem investimento em bolsa, segundo esta declaração, que a lei obriga tornar pública.
Sua frequência nos meios mais ricos - particularmente no início de seu mandato, quando festejou sua vitória no exclusivo restaurante Fouquet's na Champs Elysées, antes de passar férias no iate de um rico homem de negócios - lhe valeu rapidamente o apelido de "presidente bling-bling", algo como "presidente novo-rico".
A instauração em 2007 de um teto fiscal em benefício das rendas mais altas foi muito criticada pela esquerda.
A medida, convertida em um obstáculo político para a maioria conservadora ao se aproximar a eleição presidencial, foi suprimida em junho de 2011, apesar de ao mesmo tempo o imposto às grandes fortunas (ISF) ter sido reduzido, gesto que a esquerda denunciou então como um "novo presente" aos ricos.