Um brasileiro foi morto na madrugada de sábado depois de receber descargas de armas de choque disparadas por policiais em frente a um supermercado em Sydney, na Austrália. De acordo com a imprensa australiana, os policiais alegaram que rapaz tinha roubado um pacote de biscoitos de uma loja. Ele teria sido atingido por, pelo menos, três disparos de taser, armas de imobilização que liberam descargas elétricas.
A imprensa australiana relatou que o jovem de 21 anos estava desarmado e não parecia oferecer resistência. De acordo com o relato de uma testemunha para o jornal "The Sydney Morning Herald", o rapaz chegou a gritar por socorro ao ser abordado pelos policiais. "Ele estava sem camisa e corria para fugir dos policiais" relatou a testemunha, que também disse ter ouvido três ou quatro disparos de armas taser contra o jovem. O vídeo de segurança de uma loja mostra que o rapaz corria enquanto era perseguido pelos policiais. Oficiais da polícia disseram que o rapaz ofereceu resistência e que em momento algum foram realizados disparos simultâneos contra a vítima. O funcionário de uma loja disse que o rapaz roubou um pacote de biscoitos e que gritava frases sobre o fim do mundo e por isso a policia foi acionada. Ainda assim, o governo informou que será realizada uma investigação para apurar se o jovem foi responsável pelo furto e se os taser foram usados de forma correta. Autoridades australianas informaram que neste segunda-feira será feito um exame toxicológico no corpo do brasileiro. O Itamaraty informou que, até o fim da tarde desta segunda-feira, ainda não houvia confirmação de que o rapaz morto seja de fato brasileiro, mas que um familiar da suposta vítima já entrou em contato com o consulado brasileiro. A confirmação da nacionalidade da pessoa morta deve sair na terça-feira. O caso lembra o episódio da morte de Jean Charles de Menezes, morto por engano no metrô Londres, depois de ser confundido com um terrorista. De acordo com a Anistia Internacional, entre 2001 e 2008, apenas nos Estados Unidos 334 pessoas morreram ao serem eletrocutadas por tasers.
