As tensões religiosas em Zahra, terceira maior cidade da Síria, têm sido aprofundadas por assassinatos cometidos por homens armados.
Sunitas e alauitas - esta última uma corrente do islã xiita à qual pertence o chefe do Estado - se culpam mutuamente.
De acordo com um médico legista, que não quis ser identificado por temor de ser executado, o hospital Al Ahli do bairro alauita de Zahra recebeu em novembro 250 vítimas de assassinato, contra 200 em outubro.
Segundo um integrante da administração, "a análise dos nomes e do bairro mostrou que a maioria das vítimas é alauitas ou xiitas".
"Em Homs, quando um sunita é morto por alauitas, os sunitas respondem, e quando um sunita é sequestrado, é a mesma coisa", disse um militante da defesa dos direitos humanos.
Durante o dia, parte de Homs parece mostrar um cenário normal, mas ao se aproximar dos bairros sunitas de Bab Amro, Bab Sebaa, Jaldiyé e Bayada a realidade é bastante diferente. O lixo se acumula nas ruas e há pedras no meio dos caminhos para evitar aventureiros ou perdidos nessa área.
"Nenhuma das forças de segurança pode entrar na área", disse um oficial que acompanhou a equipe da AFP.