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Estado de Minas

Brasil, Índia e África do Sul reúnem-se esta semana para pedir o fim da violência na Síria

ONU apela para que o governo sírio acabe com a retaliação aos opositores do regime


postado em 07/08/2011 17:16 / atualizado em 07/08/2011 17:38

Protestos no país neste domingo deixaram 52 pessoas mortas (foto: REUTERS/Handout )
Protestos no país neste domingo deixaram 52 pessoas mortas (foto: REUTERS/Handout )

O subsecretário para Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Paulo Cordeiro, deve ir à Síria nesta semana. Ele representará o governo brasileiro na missão do Ibas (grupo que inclui Brasil, Índia e África do Sul). Segundo a assessoria de imprensa do MRE, o objetivo da viagem é apelar para que a Síria cesse o uso da força naquele país e cumpra as determinações da Organização das Nações Unidas (ONU). Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a declaração presidencial que condena a violência na Síria e fez uma série de recomendações ao governo do presidente Bashar Al Assad.

Em oito itens, a ONU apela para que o governo sírio acabe com a retaliação aos opositores do regime, garanta os direitos fundamentais e permita o acesso das agências humanitárias à região. Para a ONU, a única solução para a atual crise virá por meio de um processo político inclusivo, conduzido pelos sírios, e que garanta o pleno exercício das liberdades fundamentais de toda a população, inclusive de expressão e de associação. Brasil, Rússia e China rejeitavam quaisquer iniciativas de ingerência, intervenção ou sanção ao regime de Al Assad. Porém, o governo brasileiro defendeu a necessidade de cobrar o fim da violência patrocinada pelo governo da Síria.

Liga Árabe

Pela primeira vez depois do início da manifestação popular reprimida pelo regime de Bachar Al Assad, a Liga Árabe apelou neste domingo às autoridades sírias para que cessem imediatamente com a violência. O secretário-geral da Liga, Nabil Al Arabi, "apela às autoridades sírias para colocarem imediatamente fim a todos os atos de violência contra os civis”, segundo comunicado oficial citado pela AFP, agência de notícias da França.


O apelo é feito no dia em que duas organizações sírias de direitos humanos revelam que as forças governamentais mataram pelo menos 52 pessoas em Deir El Zour e Houleh. No comunicado oficial, o secretário-geral da Liga Árabe destaca a "crescente

preocupação" após a "deterioração da segurança na Síria, devido à intensificação da violência e das operações militares em diversas regiões da Síria."

Depois do início dos confrontos, em março, Nabil Al Arabi reuniu-se com Bachar Al Assad em julho, tendo declarado à imprensa que “ninguém tem o direito de retirar a legitimidade a um dirigente, pois é o povo que decide”. Hoje, Al Arabi voltou a explicar que a Liga Árabe recusa ingerências estrangeiras nos assuntos internos dos países árabes.

O secretário-geral da Liga Árabe considerou que “ainda é possível realizar as reformas anunciadas pelo presidente Bachar Al Assad para responder às ambições do povo sírio e às suas reivindicações legítimas de liberdade, de mudança e de realização de reformas políticas”. Assim, apelou “ao governo e às forças nacionais sírias a fazerem o que for preciso para preparar o terreno para o início sério de um diálogo nacional global”, acrescentando que a Liga Árabe está disponível para ajudar.

O diálogo é “a única solução que garante a passagem pacífica a um período de estabilidade, que permita a aplicação de um programa de reformas políticas, num clima estável, e que dê aos sírios a liberdade de expressão das suas escolhas e das suas ambições”, afirmou. Nabil Al Arabi apelou ainda ao governo sírio para formar “uma equipe judiciária imparcial para investigar os atos de violência e as violações dos direitos humanos na Síria”, como forma de evitar “o caos” no país.


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