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Estado de Minas

Mulher que matou e escondeu corpo do filho em sofá é condenada a 22 anos

Veredito foi o mesmo de júri anulado pela defesa da ré em 2015. Marília Gomes matou o próprio filho em Ibirité em 2014


postado em 28/06/2017 10:02 / atualizado em 28/06/2017 18:42

(foto: Cristina Horta: EM/DA Press/ Reprodução/ TV Alterosa )
(foto: Cristina Horta: EM/DA Press/ Reprodução/ TV Alterosa )

A juíza Daniela Cunha Pereira manteve a condenação de Marília Crisitiane Gomes, acusada de matar o próprio filho, Keven Gomes, de 2 anos, e esconder o corpo dentro de um sofá.

O crime ocorreu em 2014 e a mulher havia sido condenada em 2015 a 22 anos de prisão. O júri, no entanto, foi anulado pela defesa, que entrou com recurso.

A sessão começou por volta das 8h30 dessa terça-feira no plenário da Câmara Municipal de Ibirité, na Grande BH, e o veredito só foi anunciado pela magistrada depois das 22h. 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que a ré cumprirá 20 anos por homicídio qualificado e dois pela ocultação do cadáver. Ainda conforme o TJMG, caso a defesa de Marília Cristiane Gomes recorra da decisão judicial, ela não terá o direito de aguardar em liberdade.

Relembre


Keven Gomes morava com os pais Marília e Cláudio Ribeiro Sobral, de 31 anos, em Ibirité, em um terreno com outras duas casas de aluguel, sendo uma delas de um casal de tios da criança. A mãe da criança chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do filho em 24 de julho de 2014.

No dia 27, o corpo de Keven foi encontrado dentro de um sofá da casa dos tios, que haviam acabado de chegar de viagem. Ele tinha apenas sangue no nariz e estava em estado de decomposição. Uma poça de sangue também foi vista debaixo do sofá.

Na manhã do dia seguinte, Marília prestou depoimento à Polícia Civil, mas acabou sendo chamada novamente para prestar esclarecimentos, por causa de contradições em suas versões. Da segunda vez, terminou confessando o crime e foi presa em flagrante.  

A mulher disse que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular dela. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão da mãe, que foi pegar o telefone. Marília disse que perdeu a cabeça, segurou a criança pelas mãos e a arremessou com força na cama do casal. O menino bateu a cabeça na parede e desmaiou.

Durante o depoimento, a mulher contou que o garoto começou a mudar de cor e que notou uma espuma branca na boca dele. Como ficou com medo de ser linchada e presa, não contou para ninguém sobre o caso. Para tentar se livrar do corpo da criança, pegou-a no colo e a levou até a casa vizinha, que pertence aos cunhados. Lá, pegou um lençol, enrolou o corpo e tirou o forro do sofá. Depois de colocar o menino na madeira, voltou a colar o forro do móvel. 

Antes de confessar, a mulher tinha tentado incriminar os tios do menino. Porém, segundo a tia da criança, eles não estavam na casa quando o crime ocorreu. Os dois viajaram para o enterro de um parente e, aproveitando a casa vazia, Marília escondeu o corpo lá.
 
(Com informações de João Henrique do Valle)
 
* Sob supervisão do editor Benny Cohen
 


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