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Estado de Minas

Pedreiro acusado de matar mineiras em Portugal vai a júri popular

Dinai Alves Gomes, de 35 anos, está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, desde setembro. Prisão foi mantida pela Justiça Federal


postado em 27/06/2017 15:31 / atualizado em 27/06/2017 21:19

Meninas desapareceram em fevereiro do ano passado e encontradas mortas em agosto do ano passado(foto: Reprodução/Internet)
Meninas desapareceram em fevereiro do ano passado e encontradas mortas em agosto do ano passado (foto: Reprodução/Internet)

O destino do pedreiro Dinai Alves Gomes, de 35 anos, apontado como responsável pelo assassinato das irmãs mineiras Michele Santana Ferreira, de 28 anos, Lidiana Neves Santana, de 16, e da amiga delas Thayane Milla Mendes Dias, de 21, em Portugal, será decidido por júri popular. O juízo titular da 11ª Vara da Justiça Federal pronunciou o acusado, que segue preso, pelos crimes de triplo homicídio, tripla ocultação de cadáver e roubo. A data do julgamento ainda não foi marcada. A prisão preventiva também foi mantida.


O crime aconteceu no início de 2016 em Tires, distrito de Cascais, em Portugal. Um ano depois, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra Dinai por triplo feminicídio, tripla ocultação de cadáver e roubo. As jovens estavam desaparecidas desde fevereiro do ano passado. Em 23 de agosto, os três corpos foram encontrados em uma fossa séptica dentro de um hotel para cães e gatos em Lisboa. Dinai trabalhava e morava no local, que também é apontado como última residência das vítimas.

Segundo a denúncia o assassinato foi motivado pelo relacionamento extraconjugal que o acusado mantinha com Michele. Dinai tinha outra mulher e uma filha no Brasil. Ele chegou até a ameaçar de morte Michele caso ela ficasse grávida. Segundo denúncia recebida pela polícia, a garota mandou uma mensagem para a mãe relatando que esperava um filho dele. Isso pode ter sido uma das causas do crime.

A irmã de Michele, Lidiana, foi para Portugal em novembro de 2015 para morar com ela. Dias depois, elas se mudaram para a casa de Dinai. Em janeiro de 2016, foi a vez de Thayane desembarcar no país. Até então, Dinai era solícito com as garotas. Chegou até a interceder junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para que Thayane pudesse entrar em Portugal. Porém, dias depois da chegada da garota, foi avisado pela mulher que mora no Brasil que ela iria ao seu encontro, adiantando a viagem que ocorreria em fevereiro.

Segundo o MPF, por causa desta situação, em 1º de fevereiro, quando Michele saiu para o trabalho, Dinai aproveitou e assassinou Thayane e Lidiane. Os corpos delas foram colocados dentro de uma fossa séptica no canil onde trabalhava o acusado. De acordo com as investigações, ele retirou todos os objetos e documentos das vítimas da casa, e em seguida foi ao aeroporto buscar a mulher e a filha que haviam acabado de chegar do Brasil.

Durante a noite, Dinai buscou Michele no trabalho, em Lisboa, e a levou a Tires. Lá, ele a assassinou e o corpo foi colocado no mesmo local onde já estavam as outras vítimas. “Após a ocultação dos três cadáveres, Dinai teve o cuidado de elevar a boia que controlava o nível da água, a fim de que a fossa ficasse quase cheia, bem como cortou o fio elétrico do alarme de aviso do nível da água e recolocou a proteção metálica sobre a fossa, tudo com a finalidade de garantir que os corpos não fossem descobertos", diz a denúncia.

De acordo com o MPF, após as mortes, Dinai chegou a ligar para o local de trabalho de Michele, inventado que a mãe dela tinha morrido e que, por isso, ela e a irmão voltaram para o Brasil. Também conversou com a mãe da vítima por meio de um aplicativo de celular, passando-se por ela. Os corpos das vítimas foram encontrados em 26 de agosto, quando a fossa passou por manutenção.

Dinai foi preso em 5 de setembro do ano passado em Belo Horizonte. Sua prisão foi convertida em preventiva e ele se encontra na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Se condenado, poderá pegar até 43 anos de prisão.

 

 

(RG) 


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