Primeiro fim de tarde do inverno marca reabertura do Mirante das Mangabeiras

Tomando um bom vinho italiano, acompanhado de queijos finos e presunto cru, o casal Sandra Helena Pipper, de 46 anos, e Bruno César Ribeiro, de 36, aproveitou o primeiro dia de inverno para fazer um piquenique no Mirante das Mangabeiras, na Região Centro Sul de Belo Horizonte. “Tenho muita dificuldade com o calor, me sinto melhor e mais disposto com temperaturas baixas. Quando acabar o inverno aqui em BH, vou voltar para o frio da Itália”, comentou Bruno, que trabalha como advogado na região da Bolonha.  O casal e os belo-horizontinos que gostam de inverno devem mesmo aproveitar esse início de estação: segundo meteorologistas, a previsão é de que as temperaturas se elevem a partir de julho no estado.

A mínima registrada ontem na Grande BH foi de 13,40C, semelhante à do primeiro dia de inverno do ano passado. Mas, segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, do Climatempo, as temperaturas desta estação tendem a ser maiores que as do último ano. Ele afirma que, em 2016, o planeta estava sob influência do fenômeno El Niña, que provoca no Hemisfério Sul uma baixa maior das temperaturas entre os meses de junho e agosto. “No momento, Minas está sob efeito de uma massa de ar polar com nebulosidade, mas ele prevê que a partir de julho as medições devem ficar entre 2 e 3 graus acima da média, devido a uma massa de ar quente”, diz. Ontem, o Sul de Minas registrou, em Maria da Fé, a menor temperatura do estado: 90C.

No Mirante do Mangabeiras, Sandra e Bruno César não eram os únicos a desfrutar do primeiro dia de inverno, um dos pontos mais frios da capital. Muitos visitantes, porém, reclamaram do horário de funcionamento restrito do local. Desde ontem, o mirante passou a fechar às 17h em vez das 22h. O motivo, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, é a falta de vigias. A promessa é de que novos funcionários serão contratados em breve. A pedagoga Aline Rezende, de 33, lembra que no inverno o pôr do sol fica mais bonito.“É uma pena que o mirante feche às 17h, pois teremos que ir embora antes do crepúsculo”, lamenta. Acostumado com o calor do Rio de Janeiro, o carioca Raphael Queiroz, de 21, também aproveitou para curtir o frio no mirante. Ele lamentou apenas não ter podido descer na tirolesa, que ontem estava fechada.

* Estagiária sob supervisão do editor André Garcia