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Estado de Minas

Foi horrível. Acordei com as pessoas desesperadas, diz sobrevivente de tragédia

Um dia depois do acidente com um ônibus na BR-251, em Salinas, no Norte de Minas, segue o drama dos passageiros internados em hospitais da região. Dez corpos, dos total de 11 mortos, foram liberados


postado em 20/06/2017 22:37 / atualizado em 20/06/2017 23:04

“Foi horrível. Acordei com as pessoas desesperadas, gritando nomes de parentes, pedindo para não morrer.” A frase é de Joelson Silva Andrade, de 23 anos, ao narrar o acidente com o ônibus da empresa MJ, ocorrido na madrugada de segunda-feira no km 317 da BR-251, em uma curva a três quilômetros de Salinas, no Norte de Minas), que deixou 11 mortos. Joelson foi um dos 20 feridos na tragédia.


Ver galeria . 7 Fotos Ônibus saiu da pista e tombouThiago Santos/Divulgação
Ônibus saiu da pista e tombou (foto: Thiago Santos/Divulgação )


Somente na noite de ontem foram liberados os corpos de 10 vítimas do acidente, que foram necropsiados no Instituto Médico-Legal(IML) de Montes Claros. Eles seguiram em cinco carros de uma funerária de Salinas para Euclides da Cunha, no Nordeste da Bahia, a 325 quilômetros de Salvador, destino do ônibus envolvido no acidente, que tinha saído de São Paulo no domingo à tarde.


De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o coletivo fazia transporte clandestino, pois a empresa MJ estava em situação irregular havia mais de um ano.

O motorista do ônibus, que fugiu logo após o acidente, não havia se apresentado até a tarde de ontem. A Polícia Civil de Salinas abriu inquérito para a investigar o caso e o condutor deve responder inicialmente por homicídio culposo (não intencional) e lesão corporal. Porém, conforme o curso das investigações ele também poderá ser indiciado por crime doloso, já que, de acordo com testemunhas, dirigia a uma velocidade de 120 km/h quando entrou na curva onde ocorreu o desastre.

O sobrevivente Joelson Silva Andrade se recupera com um braço fraturado, na Santa Casa de Montes Claros, onde acompanha o irmão W., de 8 anos, que também ficou ferido e não corre risco de morrer. Segundo Joelson, dos passageiros que viajavam no coletivo, pelo menos 20 trabalhavam em São Paulo e retornavam para as casas de parentes em Euclides da Cunha para passar as festas de São João, seguindo uma tradição nordestina.

A maioria deles era do povoado de Serra Vermelha, distante 32 quilômetros da sede urbana. Pela passagem pagaram R$ 250, contra os R$ 400 que a viagem custaria em ônibus convencional.

 

(RG) 


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