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Estado de Minas

Após ataques a ônibus, PM diz que situação em Francisco Sá está 'sob controle'

Corporação anuncia reforço de policiamento na cidade do Norte de Minas. Conselho Municipal de Segurança Pública reclamou da falta de delegado e juiz titular


postado em 25/05/2017 10:55 / atualizado em 25/05/2017 11:21

A Polícia Militar anunciou nessa quarta-feira o reforço do policiamento em Francisco Sá, Norte de Minas, onde, na madrugada de domingo, dois ônibus da empresa que faz o transporte de passageiros na linha entre o município e Montes Claros foram incendiados. Os autores não foram identificados e ninguém foi preso. A suspeita é de que a ordem para o ataque aos veículos tenha partido de dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, de detentos ligados a uma facção criminosa paulista.

Como mostrou na terça-feira o em.com.br, o clima de medo aumentou entre os moradores do município (24,9 mil habitantes) após os ataques. A presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep) de Francisco Sá, Clecy Fernandes, reclamou do fato de a comarca estar sem delegado e sem juiz titular. “ A população está com muito medo. As pessoas estão evitando sair às ruas à noite”, afirmou.  

 

Por sua vez, o comandante do 50º Batalhão da Policia Militar em Montes Claros, tenente coronel Paulo Veloso, que responde por Francisco Sá, disse nessa quarta-feira,que a situação naquele município está “sob controle”. Ele negou que o efetivo da PM na cidade seja insuficiente para o atendimento à demanda. 


A informação foi reforçada por meio de nota divulgada pela assessoria de Comunicação da 11ª Região da Policia Militar de Montes Claros, que alega que para “ evitar o comprometimento das estratégias de planejamento das ações de segurança pública, deixa de informar a quantidade exata de policiais na cidade de Francisco Sá”, mas que “garante que o policiamento ali lançado, diuturnamente, para servir e proteger os cidadãos é suficiente para o atendimento às demandas de segurança publica que ali ocorrem”, diz o texto.

Na nota, consta que a queima dos ônibus em Francisco Sá foi considerada um um fato isolado – “um ato de vandalismo” e que a PM já identificou o suspeito do ataque, “tendo repassado a informação ao órgão responsável pela investigação do caso (Polícia Civil).

Já o tenente coronel Paulo Veloso informou que a Polícia Militar iniciou novas operações e reforçou a vigilância em Francisco Sá, inclusive com “aporte extra de policiamento”. Na nota divulgada pela assessoria da 11ª RPM, é destacada com uma das ações o “apoio de reforço policial advindo da sede da unidade em Montes Claros para promoção de batidas policiais e patrulhamento repressivo pontual qualificado, visando a retirada de armas e drogas e infratores das ruas”.

São citadas outras medidas adotadas no município para o enfrentamento da criminalidade, como patrulhamento rural, patrulha escolar, redes de vizinhos, comércios e de produtores rurais protegidos.

A PM informa que nos quatro primeiros de 2017, houve um aumento de 28% dos registros de furtos e lesões corporais em Francisco Sá, se comparando com o mesmo periodo do ano passado. Por outro lado, a corporação afirma que no primeiro trimestre deste ano houve uma queda de 10% nos crimes violentos no município (de 20 para 18).

A presidente do Conselho Municipal de Segurança Publica de Francisco Sá disse que um dos problemas enfrentados pelos moradores é a dificuldade de atendimento pela policia civil. Segundo Clecy Fernandes, o município está sem um “delegado fixo” há um ano e uma vez por semana, recebe a visita de um “delegado cooperador” de Montes Claros.

Procurada, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que a delegacia do município norte-mineiro “está com funcionamento normal". “Um delegado está respondendo pela unidade do município”, sustentou a Policia Civil. O órgão informou ainda que “toda estrutura” da Delegacia Regional de Montes Claros (42 quilômetros de Francisco Sá), “fica disponível para atender as demandas da população”. Há um mês que Francisco Sá está sem juiz titular, contando com um apoio de um juiz substituto, que trabalha no fórum local em um dia da semana. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais anunciou que na próxima segunda-feira assume a comarca o juiz Frederico Bordon de Castro.


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