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Estado de Minas

Moradores protestam contra homem que estuprou e arrancou coração de menina em Minas

Jairo Lopes, de 42 anos, prestou depoimento nessa terça-feira no Fórum de Buenópolis, na Região Central de Minas Gerais. Policiamento foi reforçado no local


postado em 26/04/2017 14:08 / atualizado em 26/04/2017 14:35

Segurança foi reforçada na porta do fórum de Buenópolis(foto: Evane Margarete/divulgação)
Segurança foi reforçada na porta do fórum de Buenópolis (foto: Evane Margarete/divulgação)

Dezenas de moradores se concentraram em frente ao Fórum de Buenópolis, na Região Central do estado, na tarde de terça-feira, com gritos de protestos. O motivo da manifestação foi a presença de Jairo Lopes, de 42 anos, que, em 31 de maio de 2016, estuprou e matou a menina Raiane Aparecida Cândida, de 10 anos. Ela foi atacada quando seguia para a escola, na zona rural do município. O crime teve repercussão internacional por conta da barbaridade: o autor confessou que arrancou o coração da vítima.

Jairo Lopes, que compareceu ao Fórum de Buenópolis nesta terça-feira para prestar depoimento, foi preso seis dias depois do brutal assassinato, após uma longa caçada. Na ação, foram mobilizados dezenas de moradores e um grande efetivo policial, com o uso de vários carros e até de um helicóptero na tentativa de localizar e prender o criminoso, que fugiu pelo mato. Mas, ele somente foi capturado depois de ter sido dominado e amarrado com cordas por um grupo de vaqueiros em uma fazenda no município de Joaquim Felício, as margens da BR-135, a 40 quilômetros da sede de Buenópolis. O homem, que já era foragido da Justiça, confessou o estupro seguido de morte de Raiane.

O crime provocou muita revolta na região e o autor chegou a sofrer tentativa de linchamento em Curvelo, onde foi apresentado. Na mesma ocasião, ele foi transferido para a Presídio José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nessa terça-feira, Jairo Lopes foi levado ao Fórum de Buenópolis para ser ouvido no processo sobre a morte de Raiane Cândida. Ele prestou depoimento perante à juíza Andréa Maria Marinho de Oliveira e à promotora Luciana Bretas Baer. Também foram ouvidas as testemunhas do crime.

Foi montado um forte esquema de segurança. Um grupo de moradores se concentrou em frente ao Fórum de Buenópolis. Ao chegar e sair do local, Jairo Lopes foi hostilizado pelos moradores, com gritos de “vagabundo”, “ordinário” e “assassino”, além de pedidos de justiça.

O crime

Na manhã de 31 de maio de 2016, a menina Raiane Cândida saiu de casa, na localidade de Siriema, distante 30 quilômetros da área urbana de Buenópolis. Ela pegaria um ônibus que a levaria à escola, em Salobro, também na zona rural do município. A garota não chegou a pegar o coletivo. O corpo dela foi encontrado na tarde do dia seguinte, por um grupo de moradores, em área de difícil acesso, no meio do matagal.

Apontado como principal suspeito do crime, Jairo Lopes fugiu logo após o assassinato de Raiane, sendo iniciada a sua caçada. Ao ser preso, ele confessou que após cometer o estupro, matou a garota para impedir que ela “contasse” o fato para alguém. Também confessou que arrancou o coração da vítima para “confirmar” que ela realmente estava morta.

O crime despertou repercussão internacional. Publicações da Europa chamaram atenção para a violência cometida contra Raiane, destacando o fato de o autor confesso, com o uso de uma faca, ter mutilado o corpo da criança e arrancado o coração dela. O caso foi divulgado pelo "Corriere della Sera", de Milão, maior jornal da Itália; e pelo “Daily Mail”, um dos maiores tablóides da Inglaterra.


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