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Estado de Minas

Semáforos com alerta sonoro começam a funcionar na Praça Sete

Por meio de um 'bip', equipamento mostra qual é o melhor momento para atravessar as ruas. Com este, já são quatro cruzamentos com a nova tecnologia em BH


postado em 23/03/2017 10:59 / atualizado em 23/03/2017 13:11

Quem passou pela Praça Sete na manhã desta quinta-feira já pôde testar a nova tecnologia implantada pela BHTrans para facilitar a travessia de pedestres em um dos  cruzamentos mais movimentados da capital mineira. A partir de hoje, os equipamentos passam a contar com um dispositivo de indicação sonora do momento adequado e seguro para atravessar as avenidas Afonso Pena e Amazonas.

A iniciativa vai ajudar principalmente pessoas com deficiência visual, baixa visão e idosos.  O equipamento funciona da seguinte forma: ao emitir um “bip” pausado, ele indica que a via está segura para a travessia do pedestre. Quando o tempo está terminando, o aviso sonoro fica mais acelerado, indicando ao pedestre que aquele momento não é adequado  para a travessia. Quando o equipamento está silencioso, o sinal está aberto aos veículo e fechado para pedestres.

Segundo a BHTrans, com este, já são quatro cruzamentos com semáforos de indicasção sonora. Além da Praça Sete, o equipamento já funciona em frente ao Instituto São Rafael, na Avenida Augusto de Lima com Avenida do Contorno, no cruzamento das Avenida Paraná com Rua dos Tamoios, e Rua dos Tupis com Rua São Paulo. Os próximos locais que vão receber o alerta são a Praça da Liberdade e o Mercado Central.

“Esses lugares são os primeiros. Vamos verificar sincronia de luz e som, altura do som, essas coisas mais detalhadas. A lógica é dar igualdade de oportunidades para quem não enxerga”, explica o analista de Transporte e Trânsito da BHTrans, Marcos Fontoura.

Segundo ele, a meta é instalar os equipamentos em toda a cidade até o final da gestão, garantindo a acessibilidade. Ele destaca que o equipamento vai auxiliar a toda a população, principalmente em tempos  onde as pessoas costumam caminhar distraídas pelo uso de celular “É o tom do desenho universal. Todos nós vamos nos beneficiar disso”.

A iniciativa vai ajudar principalmente pessoas com deficiência visual, baixa visão e idosos(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press (vídeo))
A iniciativa vai ajudar principalmente pessoas com deficiência visual, baixa visão e idosos (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press (vídeo))
A escolha dos locais foi feita em parceria com o Instituto São Rafael e o Movimento Unificado de Deficientes Visuais (Mudevi), que também acompanham a operação para realizar os ajustes necessários.

William Lélis, do Mudevi, ressalta que o equipamento vai garantir independência. “Os cegos hoje estão em diversos espaços. À noite é mais difícil achar alguém para te auxiliar, e ainda tem a questão de segurança. Você não sabe se a pessoa se aproxima para te ajudar ou te assaltar. Acaba sendo uma forma de a gente ter autonomia e se sentir mais seguro”, explica. “Dá uma tranquilidade maior, você sabe que não vai abrir o sinal. Isso gera menos ansiedade para nós”, diz.

Fontoura e Lélis também alertam que os motoristas devem redobrar a atenção para evitar avanços de sinal. “A partir de agora, pessoas que não enxergam estarão atravessando a rua sozinhas. Os motoristas precisam ter ciência e respeitar mais o trânsito, porque nosso tempo de reação é diferente da pessoa que enxerga. Embora tenha barulho, o tempo de reação é diferente”, ressalta o representante do Mudevi.

Uma preocupação das entidades é em relação a possíveis atos de vandalismo com os equipamentos, que podem ser quebrados ou até cobertos com fita crepe para abafar o som, caso ocorrido em Belo Horizonte e lembrado por William Lélis.

A partir deste exemplo, Marcos Fontoura acredita que é importante contar com o apoio e compreensão da população. “Se em determinado local a pessoa colocou fita crepe, precisamos entender por que ela colocou isso. Se o som está incomodando, a que horas? Porque aí vamos programar para o som ser mais baixo. Tem que fazer acordos”. Ele ainda detaca que reclamações e sugestões podem ser repassadas aos canais da BHTrans no site, pelas redes sociais e pelo telefone 156.


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