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Estado de Minas

Morte de macaco em área urbana em Três Pontas acende alerta no Sul

É o segundo caso de primata vitima da doença na região. Em Poços de Caldas também houve confirmação de animal morto. Porém, nas duas cidades não há pessoas infectadas


postado em 21/02/2017 20:09 / atualizado em 21/02/2017 21:33

A confirmação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) de que a morte de um mico no começo deste mês em Três Pontas, no Sul de Minas, foi por febre amarela, deixou em alerta as autoridades locais. O corpo do animal foi encontrado em área urbana, onde há a circulação do mosquito Aedes aegypti, que também pode ser o vetor da doença, além de transmitir dengue, zika e chukungunya.

De acordo com secretário municipal de Saúde, Heleno Carlos dos Santos, no passado a cidade sofreu com uma epidemia de dengue e, por isso, além do bloqueio vacinal contra a febre, foram reforçadas medidas de combate ao mosquito. Foi o segundo caso de morte de macaco devido à febre amarela no Sul de Minas. Recentemente, exames deram positivo para a contaminação de um primata pela doença em Poços de Caldas.

Em Três Corações há mais um caso de mico com suspeita da febre em investigação. O animal foi encontrado na semana passada, na área central da cidade. Não há registro de pessoas infectadas. Heleno Santos minimiza o risco de contaminação de humanos pela febre no município. “O primeiro animal foi encontrado morto no dia 2 deste mês, no Bairro Ponte Alta. No dia seguinte iniciamos o bloqueio vacinal e já temos 7,5 mil pessoas imunizadas num raio de um quilômetro. A meta inicial era de 15 mil vacinas”, explicou.

O secretário de Saúde destaca ainda que, em 2008, houve uma campanha de imunização contra a febre amarela, com quase 90% da população vacinada. “Com o desmatamento, é comum os micos virem para a área urbana, em busca de alimentos. Temos orientado a população para não agredir os animais, mas comunicar de imediato se encontrar algum morto. Como dois foram recolhidos em área urbana, há uma preocupação maior em relação à circulação do Aedes. Por isso, intensificamos o fumacê nesses locais”, assinalou Santos.

O surto da febre amarela em Minas Gerais continua fazendo vítimas. O número de mortes pela doença em 2017 já representa mais que o dobro de óbitos da pior fase da enfermidade dos últimos 37 anos, segundo dados da série histórica de acompanhamento feito pelo Ministério da Saúde. Neste ano, 83 pessoas já perderam a vida em decorrência da virose. Em 2000, até então o ano mais letal, foram registradas 40 mortes. A situação pode ser ainda pior, pois 90 casos ainda estão sendo investigados. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

 

(RG) 


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