Foi divulgada, nesta sexta-feira, uma carta aberta de blocos de carnaval de Belo Horizonte “contra o monopólio da Ambev no carnaval”. A polêmica começou com o edital que estabelece que os 9,4 mil ambulantes cadastrados pela prefeitura só poderão comercializar bebidas da empresa durante a festa.
O texto é assinado por cerca de 30 agremiações e ambulantes de Belo Horizonte. Eles argumentam que o carnaval é uma festa de resistência, e que vem se reinventando na cidade, construindo novas relações com a cidade e desenvolvidas por pessoas, não empresas, “ sem cordão, sem abadá, a maioria deles sem patrocínio, como um movimento de resistência e luta através de manifestações culturais das mais diversas”.
“Há tempos o carnaval vem sendo assediado pela Ambev na tentativa de colocar sua marca no carnaval que vem sendo construído por blocos e foliões, cada um ao seu modo, para que tenhamos uma manifestação político-cultural na qual a maior chancela que carregamos é o sorriso no rosto de cada pessoa”, dizem os foliões. “E qual não foi a nossa surpresa ao noticiarem, uma vez mais, a venda do carnaval à Ambev e a instauração do monopólio de vendas de produtos dessa empresa que depois de seguidas tentativas de apropriação do nosso carnaval, ainda teve a audácia de utilizar fotos dos blocos para promover a marca sem a autorização prévia destes (o ultimo fato ocorrido no ano de 2015)?”, continuam os blocos.
As agremiações reclamam do edital da PBH que, entre outros itens, pontua que “o credenciado obriga-se a se abster, durante a vigência da presente autorização, de praticar qualquer ato relacionado com outras empresas de bebidas que não seja o patrocinador, se houver, sob pena de rescisão automática da presente autorização”.
Eles também aproveitam para questionar o fechamento de ruas e outros espaços públicos durante o carnaval, que prejudicaria a livre movimentação de foliões e ambulantes. “Destacamos ainda que tal procedimento, em situação de grandes aglomerações, coloca em risco a integridade física das pessoas uma vez que cria bloqueio para rotas de fuga, conforme alerta o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais”. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Ambev informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Nesta semana, a proibição da venda da catuaba, bebida já tradicional da folia em BH, repercutiu entre os foliões. No fim da noite de quarta-feira, por meio de nota, a prefeitura afirmou que a bebida será vendida pelos ambulantes da capital mineira nos dias de folia.
No documento enviado pela administração municipal, ela ressalta que houve um acordo com a Ambev. “Apesar do edital de patrocínio do Carnaval de rua estipular que os ambulantes credenciados pela Belotur só poderiam vender as bebidas do patrocinador vencedor do chamamento público, a Prefeitura, atendendo ao apelo dos foliões em relação à Catuaba, e, em comum acordo com a Ambev, patrocinadora do Carnaval, permitirá a comercialização dessa bebida pelos ambulantes credenciados - desde que não seja em garrafas de vidro, por questões de segurança”, disse.
O texto é assinado por cerca de 30 agremiações e ambulantes de Belo Horizonte. Eles argumentam que o carnaval é uma festa de resistência, e que vem se reinventando na cidade, construindo novas relações com a cidade e desenvolvidas por pessoas, não empresas, “ sem cordão, sem abadá, a maioria deles sem patrocínio, como um movimento de resistência e luta através de manifestações culturais das mais diversas”.
“Há tempos o carnaval vem sendo assediado pela Ambev na tentativa de colocar sua marca no carnaval que vem sendo construído por blocos e foliões, cada um ao seu modo, para que tenhamos uma manifestação político-cultural na qual a maior chancela que carregamos é o sorriso no rosto de cada pessoa”, dizem os foliões. “E qual não foi a nossa surpresa ao noticiarem, uma vez mais, a venda do carnaval à Ambev e a instauração do monopólio de vendas de produtos dessa empresa que depois de seguidas tentativas de apropriação do nosso carnaval, ainda teve a audácia de utilizar fotos dos blocos para promover a marca sem a autorização prévia destes (o ultimo fato ocorrido no ano de 2015)?”, continuam os blocos.
As agremiações reclamam do edital da PBH que, entre outros itens, pontua que “o credenciado obriga-se a se abster, durante a vigência da presente autorização, de praticar qualquer ato relacionado com outras empresas de bebidas que não seja o patrocinador, se houver, sob pena de rescisão automática da presente autorização”.
Eles também aproveitam para questionar o fechamento de ruas e outros espaços públicos durante o carnaval, que prejudicaria a livre movimentação de foliões e ambulantes. “Destacamos ainda que tal procedimento, em situação de grandes aglomerações, coloca em risco a integridade física das pessoas uma vez que cria bloqueio para rotas de fuga, conforme alerta o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais”. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Ambev informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Nesta semana, a proibição da venda da catuaba, bebida já tradicional da folia em BH, repercutiu entre os foliões. No fim da noite de quarta-feira, por meio de nota, a prefeitura afirmou que a bebida será vendida pelos ambulantes da capital mineira nos dias de folia.
No documento enviado pela administração municipal, ela ressalta que houve um acordo com a Ambev. “Apesar do edital de patrocínio do Carnaval de rua estipular que os ambulantes credenciados pela Belotur só poderiam vender as bebidas do patrocinador vencedor do chamamento público, a Prefeitura, atendendo ao apelo dos foliões em relação à Catuaba, e, em comum acordo com a Ambev, patrocinadora do Carnaval, permitirá a comercialização dessa bebida pelos ambulantes credenciados - desde que não seja em garrafas de vidro, por questões de segurança”, disse.