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Estado de Minas

Polícia prende suspeitos de matar homem 'por engano' ao vingar assalto na Grande BH

De acordo com a polícia, os suspeitos cometeram homicídio para fazer 'justiça com as próprias mãos'. Cinco pessoas foram presas e outras três são procuradas


postado em 19/01/2017 17:53 / atualizado em 19/01/2017 22:11

Os suspeitos foram apresentados na tarde desta quinta-feira pela Polícia Civil(foto: Divulgação/PCMG)
Os suspeitos foram apresentados na tarde desta quinta-feira pela Polícia Civil (foto: Divulgação/PCMG)

A Polícia Civil (PC) desvendou, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um esquema envolvendo homicídios, assaltos, sequestros e ocultação de cadáver. As investigações apontaram que um homem foi assassinado, por engano, por um grupo que queria vingar um assalto. A vítima foi apontada por um vereador da cidade que, descobrindo a intenção dos "vingadores", acabou indicando o jovem com quem tinha desavenças. Cinco pessoas foram presas e apresentados nesta quinta-feira. Outras três pessoas, incluindo o parlamentar, ainda são procuradas.

Na operação, foram presos Gladstone Roberto Crivellari, de 29 anos, e Frederico Henrique Santos Rodrigues Souto, de 22, pelo assalto a um taxista em Vespasiano. Warlley Fernandes da Silva, de 36, suspeito de participar do crime, está foragido. Diego da Cruz Soares, de 25, Emmerson Coelho Silva de Souza, de 26, e Douglas Geraldo Barbosa, de 33, também foram presos quarta-feira, em Vespasiano. Eles são suspeitos de sequestrar, matar e esconder o corpo de um homem em Santa Luzia. De acordo com a Polícia Civil, os seis homens estão envolvidos em uma trama que teve início no ano passado.

Em 18 de dezembro de 2016, Diego foi assaltado em Vespasiano. Na ocasião, Gladstone, Frederico e Warlley teriam pegado seu táxi e colocado o taxista dentro do porta-malas do veículo. Os suspeitos foram até um edifício no Bairro Cristina, em Santa Luzia, onde deixaram Diego. Eles levaram cerca de R$ 1,5 mil da vítima e três aparelhos celulares.

Durante a madrugada, Diego e outros taxistas foram até a entrada do aglomerado das Antenas, local próximo ao que ele fora deixado, e procuraram informações que os ajudassem a descobrir os autores do crime e a recuperar o dinheiro e objetos roubados. As investigações apontam que Diego teria conseguido uma localização aproximada do edifício no Bairro Cristina, por meio do GPS do táxi, onde os assaltantes pararam para dividir os produtos do roubo.

Segundo os policiais, na manhã do mesmo dia, dois homens, supostamente Diego e Emerson, invadiram um apartamento, onde o taxista acusou um morador de ser o responsável pelo assalto cometido em Vespasiano. Ele foi sequestrado. A Polícia Civil conta que o corpo do homem, identificado como Lucas, foi encontrado dois dias depois, com três perfurações de arma de fogo, já em estado de putrefação, escondido atrás de uma estação da Copasa, na estrada do Alto das Maravilhas, que liga Santa Luzia à cidade de Vespasiano.

MANDANTE


A PC afirma que Diego e os taxistas indagaram os moradores do aglomerado sobre quem comandava a área e foram levados até um vereador de Santa Luzia, Adriano Moura dos Reis, de 39, que é apontado como mandante do homicídio de Lucas. Adriano não foi localizado pela polícia e segue foragido.

Provas colhidas pela Polícia Civil indicam que o vereador teria desavenças com Lucas e familiares de sua esposa, em razão de um furto de um celular poucas semanas antes. “Aproveitando-se de que os taxistas queriam se vingar do suspeito do roubo ao táxi, e que Lucas morava exatamente no prédio em que suspeitavam estar o autor desse roubo, o vereador induziu Diego ao erro, fazendo com que eles achassem que Lucas seria o responsável pelo roubo, ordenando em seguida a sua execução”, explicou o delegado Christiano Xavier, que lidera as investigações.

O carro usado para sequestrar a vítima foi localizado em nome da irmã de Emmerson. A perícia indicou grande quantidade de sangue no seu interior, o que reforça a hipótese de que Lucas teria sido executado dentro do veículo. As investigações continuam para tentar identificar o quarto suspeito de participar da execução do sequestro, homicídio e ocultação de cadáver. Os envolvidos podem pegar até 30 anos de prisão.

 

RB


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